Recentemente, um novo estudo trouxe um alerta sobre um possível fator de risco silencioso para o Alzheimer: o vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1), o mesmo que causa as conhecidas feridas nos lábios — os populares “herpes labial”.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3,8 bilhões de pessoas com menos de 50 anos estão infectadas com o HSV-1. Agora, cientistas estão investigando a hipótese de que esse vírus pode desempenhar um papel ativo no surgimento da doença de Alzheimer ao longo do tempo.
O HSV-1 é um vírus altamente comum e contagioso, transmitido principalmente por meio do contato direto com a pele ou com secreções orais. Embora cause feridas na boca em momentos de crise, ele costuma permanecer dormente no organismo por anos ou até décadas.
No entanto, ele se reativa em momentos de estresse ou baixa imunidade.
O ponto central das novas pesquisas é justamente esse: a reativação do vírus no cérebro pode gerar inflamações e danos celulares. Portanto, ao longo do tempo, favorecem o surgimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
A professora Ruth Itzhaki, da Universidade de Manchester, foi uma das pioneiras a investigar essa relação. Já em 1997, ela e sua equipe identificaram que pacientes com Alzheimer apresentavam uma variante genética chamada APOE-e4, frequentemente associada à presença do HSV-1 no cérebro.
Dessa maneira, revela que as pessoas com predisposição genética, somada à infecção pelo HSV-1, podem ter mais chances de desenvolver a doença, principalmente se o vírus for reativado repetidamente ao longo da vida.
Mais recentemente, novos estudos reforçaram a teoria. Em 2024, pesquisadores da Universidade do Texas analisaram mais de 120 milhões de registros médicos e concluíram que indivíduos diagnosticados com o vírus herpes simples tinham um risco 2,44 vezes maior de desenvolver demência, incluindo Alzheimer.
De acordo com um artigo, o vírus pode permanecer “adormecido” por anos. No entanto, fatores como traumas na cabeça ou quedas podem reativá-lo. A reativação provoca inflamação no tecido cerebral e estimula a formação de proteínas tóxicas, como a beta-amiloide e a tau, características da doença de Alzheimer.
Essa inflamação crônica, causada por repetidas ativações do vírus, pode danificar os neurônios e acelerar o declínio cognitivo com o tempo.
Apesar de as descobertas ainda exigirem mais estudos clínicos, os especialistas veem o avanço como uma oportunidade para novas formas de prevenção. Medicamentos antivirais comuns poderiam futuramente ser testados como alternativa para reduzir o risco em pessoas com o vírus e predisposição genética.
Além disso, identificar o HSV-1 como possível gatilho do Alzheimer abre caminho para diagnósticos mais precoces e até o desenvolvimento de vacinas específicas no futuro.
Portanto, o futuro da prevenção do Alzheimer pode estar em tratar não apenas o cérebro, mas também os vírus que silenciosamente habitam nosso corpo.
Imagem de Capa: Canva
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