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Padre é acusado de intolerância religiosa após piada com fé de Preta Gil durante missa na Paraíba

Recentemente, na cidade de Areial, na Paraíba, o padre Danilo César realizou uma missa em que fez uma declaração polêmica, que o levou a ser acusado de intolerância religiosa.

O episódio gerou grande repercussão nas redes sociais após o sacerdote ironizar publicamente a fé de Preta Gil, cantora e filha de Gilberto Gil, falecida no dia 20 de julho, vítima de câncer no intestino.

“Cadê esses orixás?”: frase gera revolta

Durante sua homilia, o padre questionou a espiritualidade da artista ao mencionar uma homenagem feita por Gilberto Gil à filha:

“Gilberto Gil fez uma oração aos orixás. Cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?”

A frase foi recebida com indignação por representantes de religiões de matriz africana, como o Candomblé, prática espiritual professada por Preta Gil. Para muitos, a fala representa não apenas desrespeito à fé da artista, mas também ataques diretos à religiosidade afro-brasileira, frequentemente alvo de preconceito e estigmatização.

Discurso vai além e acirra críticas

Não bastasse a provocação, o padre também criticou católicos que, segundo ele, recorrem a práticas “ocultas” e chegou a declarar que gostaria que o “diabo viesse e levasse essas pessoas”. A missa foi removida do canal oficial da Paróquia de Areial no YouTube, mas os trechos mais controversos já haviam sido capturados e compartilhados em diversas plataformas digitais.

Denúncia formal e reação das lideranças religiosas

Rafael Generino, presidente da Associação Cultural Mãe Anália Maria de Souza, repudiou a postura do padre em nota pública. Ele afirmou:

“Deus é amor e respeito ao próximo. Infelizmente, esse senhor que se diz sacerdote prega o ódio e o preconceito em pleno culto.”

Junto com outras lideranças religiosas, Generino registrou um boletim de ocorrência por intolerância religiosa e declarou que o grupo pretende levar o caso ao Ministério Público da Paraíba.

Diocese ainda não se pronunciou

A reportagem entrou em contato com a Diocese de Campina Grande, da qual a paróquia faz parte, mas não houve resposta oficial até o momento. A falta de posicionamento tem gerado ainda mais questionamentos entre fiéis e defensores da liberdade religiosa, que cobram providências diante da gravidade do ocorrido.

Intolerância religiosa é crime no Brasil

Vale lembrar que, de acordo com a legislação brasileira, intolerância religiosa é crime previsto na Lei nº 7.716/1989, que pune atos discriminatórios por motivos de religião com pena de reclusão e multa.

O Candomblé e demais religiões de matriz africana têm sido constantemente alvos de ataques e preconceito, especialmente em ambientes públicos e digitais.

Imagem de Capa: Preta Gil

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