Resiliência

Três coisas que aprendi quando o meu avião caiu

Ric Elias, CEO of Red Ventures, estava em um assento na primeira fila no voo 1549, o avião que caiu no rio Hudson, em Nova York. O que passou pela sua mente quando o avião desceu desgovernado? Neste relato, ele conta sua história ao público pela primeira vez: “Foi-me dado um milagre de presente, de não morrer naquele dia. E ganhei um outro presente, que foi ser capaz de olhar no futuro e voltar e viver uma vida diferente”

Imaginem uma grande explosão ao subir a 3 mil pés.

Imaginem um avião cheio de fumaça.

Imaginem um motor fazendo clack, clack, clack, clack, clack, clack, clack.

Parece assustador. Bom, eu estava em um assento especial naquele dia.

Meu assento era o 1D. Eu era o único que podia falar com os comissários de bordo. Então eu logo olhei para eles, e eles disseram, “Está tudo bem. Devemos ter atingido um pássaro.” O piloto já tinha virado o avião de volta, e não estávamos muito longe. Dava para ver Manhattan. Alguns minutos mais tarde, três coisas aconteceram ao mesmo tempo. O piloto alinha o avião com o Rio Hudson. O que não é a rota normal. Ele desliga os motores. Agora imaginem estar em um avião sem barulho. E então ele diz três palavras – as três palavras mais impassíveis que já ouvi. Ele diz: “Preparar para impacto”.

Não precisei mais falar com a comissária de bordo. Eu podia ver nos olhos dela, era terror.

A vida acabou.

Quero compartilhar três coisas sobre mim que descobri naquele dia.

Entendi que tudo muda em um instante. Nós temos esta lista de desejos, temos estas coisas que queremos fazer na vida, e pensei em todas as pessoas com queria falar, mas não falei, todas as cercas que queria ter consertado, todas as experiências que queria ter e que nunca tive. Quando eu pensei sobre isso depois, Eu inventei um ditado, que é: “Coleciono vinhos ruins”. Porque se o vinho está a disposição e a pessoa está ali, eu vou abri-lo. Não quero adiar mais nada na vida. E aquela urgência, aquela intenção, realmente mudou a minha vida.

A segunda coisa que aprendi naquele dia… E isso foi enquanto evitávamos a Ponte George Washington,o que não foi por muito – eu pensei, nossa, eu tenho um grande arrependimento. Vivi uma boa vida. Em minha própria condição humana e erros, Tentei ficar melhor em tudo que tentei fazer. Mas em minha condição humana, eu também deixo meu ego controlar. E me arrependi de perder tempo em coisas desnecessárias com pessoas que são importantes. E pensei no meu relacionamento com minha mulher,com meus amigos, com as pessoas. E depois, enquanto refletia sobre isso, eu decidi eliminar a energia negativa da minha vida.

Não é perfeito, mas está bem melhor. Não brigo com minha mulher em dois anos. É uma sensação ótima.

Já não tento mais estar certo; eu prefiro ser feliz

A terceira coisa que aprendi; e isto é como se fosse seu relógio mental faz: “15, 14, 13”. Dá para ver a água vindo. Eu digo: “Por favor, exploda.” Eu não quero que isso se parta em 20 pedaços como já viram em documentários. E enquanto estávamos caindo, eu tive uma sensação de, nossa, morrer não é assustador. É como se estivéssemos nos preparando para isso por toda a vidas. Mas era muito triste.

Eu não queria ir; eu amo a minha vida. E aquela tristeza resumida em um pensamento, que é, eu só desejo uma coisa. Eu apenas queria ver os meus filhos crescerem. Um mês depois, fui ver minha filha no teatrinho da escola primeira série, sem muito talento artístico… ainda. E eu grito, eu choro, como uma criança pequena. E tudo isto fazia sentido para mim. E entendi naquele momento, que ao ligar esses dois pontos, que a única coisa importante na minha vida é ser um grande pai. Sobretudo, sobretudo, o único objetivo que tenho na vida é ser um bom pai.

Foi-me dado um milagre de presente, de não morrer naquele dia. E ganhei um outro presente, que foi ser capaz de olhar no futuro e voltar e viver uma vida diferente.

Desafio todos vocês que vão voar hoje a imaginarem a mesma coisa acontecendo com o seu avião; e por favor não; mas imaginem, e como vocês mudariam?

O que estão esperando para fazer porque acham que vão ficar aqui para sempre?

Como mudariam os seus relacionamentos e as suas energias negativas?

E mais que tudo, estão sendo os melhores pais possíveis?

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