“Onde está esse monstrengo?”: criança com deficiência auditiva é humilhada em orquestra em SP
A criança, amante de música e arte, sem diagnóstico de transtorno, mas com deficiênca auditiva, se empolgou com a orquesta, e apesar de ter recebido um carinho do solista trompetista Pacho Flores, que em um momento de improvisação dedicou uma canção de ninar a ele, com um beijo com as mãos em direção ao Camarote Superior, de onde a mãe com seu filho assistiam ao concerto, mas infelizmente, a criança não recebeu a mesma compreenssão de um professor que estava na plateia.
Heitor, de 7 anos, estava realizando o sonho de assistir a um concerto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, na Sala São Paulo, neste último sábado (02), Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo.
A mãe, Viviane Castro, ficou aterrorizada, quando Jairo José da Silva, professor aposentado do Departamento de Matemática da Unesp de Rio Claro, que durante a pausa do concerto esbravejou gritos às funcionárias do teatro para que expulsassem a criança.
Jairo humilhou e ofendeu a criança que respondia à música clássica com aplausos e reações pontuais de exaltação e alegria, que se manifestava no silêncio do ambiente da alta sociedade paulistana.
Segundo informou o GGC, não é a primeira postura ofensiva do professor, que em 2016 protagonizou um ataque a uma estudante que participou dos protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff e ficou cega pela repressão policial (relembre abaixo).
Segundo divulgou a publicação, Jairo da Silva gritava “alguém vai calar a boca desse menino?”, “onde está esse monstrengo?”, apontando para cima. Ele ainda disse: “parece que não é só ele que é débil mental aqui”.
A mãe conta que um dos músicos da orquestra também se dirigiu ao camarote onde estavam e pediu com gestos para que ela tomasse uma atitude, deixando o espaço ou silenciando seu filho.
“Ali de cima, coberta em lágrimas, ainda pude ver que outra vezes pessoas esbravejavam, gesticulando para que meu filho se calasse. Não bastasse a dor, diária, da luta contra a discriminação, ontem me senti humilhada, ofendida e acuada. Não conseguia segurar as lágrimas de desespero com a situação, sozinha e com medo”, escreveu a mãe, em suas redes.
Viviane chamou a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitanada. Da plateia, Fábio Gusman, procurador judicial civil da Universidade de São Paulo (USP), testemunhou a cena e ofereceu auxílio, acompanhando os policiais a encontrar Jairo, para levá-lo à delegacia e fazer o boletim de ocorrência.
Ao GGN, Gusman relatou o episódio e afirmou que, se a mãe de Heitor assim desejar, podem ingressar com três vias judiciais: uma administrativa contra o músico da OSESP, que se dirigiu ao camarote da criança; e civil e penal contra o professor pelas ofensas. Gusman se disponibilizou a ajudar a mãe da criança como testemunha ou como advogado, mas lamenta que, provavelmente, em qualquer das opções, o episódio seja minimizado na instâncias judiciais.
Questionamos a OSESP se alguma medida será providenciada sobre o episódio. Até o fechamento da reportagem, nenhum posicionamento foi encaminhado, noticiou.
*DA REDAÇÃO RH. Foto: Heitor, quando chegou na Sala São Paulo para o concerto da OSESP – Foto: Arquivo Pessoal/Facebook
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