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-Olá, como você se ama?

 

Extasiado por sentimentos complexos, sentimentos estes que mal cabiam dentro de si próprio. Por muito tempo me perguntava o que era o amor, e por muito tempo pensei que já tinha vivido um grande amor. O estranho é que juramos amor eterno por alguém que se transformará com o tempo. Juramos amor por alguém que já não é, e que talvez nunca foi aquilo que enxergávamos.

Eu me lembro de dizer que amava alguém há uns anos atrás, e ainda me lembro do gosto amargo que estas palavras me causaram. Não era um amargo que simbolizava algo ruim, mas sim um amargo desconhecido, um amargo angustiante, e que trazia à tona tudo o que eu queria esconder de mim mesmo. Dizer que amava alguém simbolizou pra mim liberdade.

Soprei algumas velas, e com elas veio um pouco de amadurecimento, e com um pouco de experiência decidi olhar um pouco mais fundo para este “amargo” que descrevi acima, e o mais interessante foi que percebi que amar vai muito além de estar com alguém, e que amar é desejar o desejo do outro, é um convite para sair de si mesmo.

E algumas vezes podemos confundir o amor com aprisionamento, e em alguns momentos nos deixamos nos perder no outro, perdemos nossa singularidade em um amor dominador, exclusivista, possessivo e egoísta. Deixamos de reconhecer a individualidade singular do outro, e não permitimos o crescimento da pessoa como ela é, mas sim o que gostaríamos que ela fosse. E em uma contra partida, em muitos momentos somos esta pessoa, vivendo pela ótica do outro.

Entre idas e vindas, encontros e partidas, não nos libertamos, temos medo. Eu posso dizer que tive pânico em me ver só, e este medo me fez voltar para o que me feria várias vezes, e o pior de tudo é que não percebemos o quão perigoso é tentar voltar, porque é impossível voltar. Tal como nunca entrar duas vezes no mesmo rio. Nós mudamos, e desistir faz parte. Insistir, de forma irracional, é um jeito grotesco de demonstrar infantilidade.

Precisamos aprender que desistir não quer dizer perder, chegou a hora de crescer, entender que as pessoas partem, as vezes partindo o melhor de nós. Nunca teremos o controle das adversidades, daquilo que acontece fora da nossa mente. Todavia, teremos o livre arbítrio de enxergar as nossas dores da melhor ou da pior maneira, ou apenas como elas são. Não se deixe desaparecer no outro, seja único em toda sua forma de ser.

Mateus Túlio

Procure entender-me entre a razão e a emoção e a as constantes incertezas que variam em minha mente. Desculpe-me se um dia lhe confundir entre as dramatizações da vida e a minha intensa busca pelo desconhecido. Estudante de Psicologia e um grande amante da escrita. Estão prontos para embarcarem neste devaneio?

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