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O amor não cumpre prazos, não respeita tempo, nem aceita ordens

“Tudo vai recomeçar! E sem nenhuma lembrança das outras vezes perdidas”… Custei a aceitar que não tinha poder sobre o destino e a entender que amor não cumpre prazos, não respeita tempo, nem aceita ordens.

Demorei anos para acreditar que o amor é soberano e que as coisas mais importantes da vida não seguem agenda planejada. Descobri, das mais duras formas, que “final feliz” acontece quando engolimos o orgulho e que, a saudade, sempre mostra para que veio.

Orgulho dentro da língua portuguesa possui dois sentidos totalmente contrários um do outro: um faz referência à dignidade e ao respeito, enquanto o outro ao estado emocional desequilibrado que compromete toda uma imagem social. E é, no limite dessas definições, que o sentimento se torna defensor ou agressor da alma humana.

Nos relacionamentos amorosos, as definições se encaixam com perfeição. Se por um lado o sentimento é capaz de defender o coração humano, por outro leva-o a desacreditar no amor, provocando fobia de novos relacionamentos e é, exatamente aí, que mora o problema.

Amor não gera medo. As agressões, as traições e a falta de respeito é que fazem isso. Amor tem tempo próprio e acontece quando quiser.

A gente pode jurar que “nunca mais” vai ceder, tentar virar a página, fazer uma nova história ou buscar um novo amor. Mas, o destino sabe quando, onde e quem colocar em nossas vidas.

Amor é surpresa. Pode ser que você se apaixone na fila do cinema por uma pessoa que nunca viu ou volte a amar quem, um dia, desapareceu da sua vida. De forma bem objetiva: o amor acontece quando você menos espera e do jeito que você nunca sonhou.

É preciso acreditar e fazer acontecer. Pode ser que o “chá de sumiço” tenha sido necessário para avaliar o sentimento e que o “adeus” dito com tanta certeza, tenha virado um “até logo”. E quer saber? Tudo bem. Todos nós temos o direito de errar e aprender com as consequências.

O que não dá é desistir do amor só porque não aconteceu como você gostaria. Não dá para deixar de viver porque o medo o paralisa. É preciso permitir a entrada do novo, mesmo que em forma de antigo.

Já parou para pensar que dessa vez pode ser diferente? Que a dor da saudade gera um novo comportamento e que o medo de perder faz as pessoas tomarem atitudes? (Não, isso não é via de regra e você deve ter cautela nas decisões).

Deixe as bagagens pesadas, a descrença e o medo no passado. Permita-se ser feliz mesmo que dê errado muitas vezes. Permita-se acreditar que, dessa vez, será diferente.

Como dizia Mário Quintana em “Canção do dia de sempre”: “Tudo vai recomeçar! E sem nenhuma lembrança das outras vezes perdidas”.

Pamela Camocardi

A literatura vista por vários ângulos e apresentada de forma bem diferente.

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