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Homofóbicos: “Isso tem que parar uma vez por todas”

As estatísticas reafirmam que o Brasil tem o maior número de crimes homofóbicos do mundo, seguido pelos Estados Unidos. Um gay é morto a cada 36 horas em nosso país e cerca de 70% dos assassinatos de LGBT ficam impunes. Aliás, os insultos homofóbicas criam ambientes de ódio contra os gays, que se alastram feito “rastro de pólvora”.

Ellen Page, atriz, produtora e ativista de Hollywood a favor dos direitos dos gays, mostrou sua indignação com os discursos homofóbicos: “Se você está em uma posição de poder, odeia as pessoas, quer fazê-las sofrer e passa sua carreira tentando causar sofrimento, o que acha que vai acontecer? Crianças vão sofrer abusos e vão acabar se suicidando. (…) Isso tem que parar uma vez por todas.”

Dráuzio Varella, um dos médicos mais importantes do Brasil, deu uma receita às aflições homofóbicas: “Que diferença faz para você, para a sua vida pessoal, se o seu vizinho dorme com outro homem, se a sua vizinha é apaixonada pela colega de escritório? Que diferença faz para você? Se faz diferença, procure um psiquiatra. Você não tá legal.”

Freud, na mesma perspectiva de Page e Varella, respondeu a mãe de um jovem homossexual que lhe escreveu uma carta pedindo que seu filho fosse curado. Ele contrapôs à missiva: “Não tenho dúvidas que a homossexualidade não representa uma vantagem, no entanto, também não existem motivos para se envergonhar dela, já que isso não supõe vício nem degradação alguma”.

Um estudo realizado por integrantes das universidades de Rochester e da Califórnia, nos Estados Unidos, e de Essex, na Inglaterra avaliaram que os homofóbicos possam ser “ga&s enrustidos”. A pesquisa foi publicada no Journal of Personality and Social Psychology, e apontou que pessoas que crescem em famílias repressoras podem se privar de seus desejos internos. Para evitar o estigma, elas suprimem a atração que sentem pelo mesmo sexo e se tornam preconceituosas, como forma de se defender.

Diante dessas constatações ficou claro de que a homossexualidade não é uma degradação, portanto, não precisa ser tratada como doença. Porém, nos traz medo e preocupação com aqueles que desprezam esses argumentos, fazendo disso um “cavalo de batalha”.

Sendo assim, os pais, familiares, amigos e simpatizantes de lésbicas, ga&s, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros estão sempre com o “coração na mão”, pois sentem que esses discursos irão se materializar em atos de crueldade e morte contra as pessoas LGBT.

É importante gritar se for necessário: que ninguém tem o direito de tratar os cidadãos/as LGBT, como sendo de menor valor ou menos merecedores de respeito, uma vez que a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a nossa Constituição de 1988 proibiram qualquer forma de discriminação, inclusive os preconceitos e crimes motivados pela orientação se#ual dos indivíduos.

Jackson César Buonocore

Sociólogo e Psicanalista

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