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É você quem controla os seus pensamentos ou são eles que te controlam?

É você quem controla os seus pensamentos ou são eles que te controlam?

Já parou para pensar por que a mente “viaja” tanto?

Não é intrigante não sermos capazes de controlar o que, quanto e quando pensamos?

Se você ainda duvida de que a mente tem vida própria, dê o comando para que ela pare de pensar e veja se ela obedece.

Chamo aqui de atenção o direcionamento do foco mental. Atenção pode significar tanto a concentração do foco – algo como uma lupa – quanto concessão de cuidados – algo como uma enfermeira que oferece “atenção” a um doente.

Quando aplicamos a palavra à atividade mental, estamos reunindo as duas definições: é quando a mente concentra seu foco em algo e quando o dono da mente concede cuidados a esse algo. Por isso, a pessoa presta, de forma prestativa, atenção.

Hoje, o excesso de estímulos banaliza algo tão importante quanto aquilo que deveríamos cuidar. Distração é mais comum e mais acessível do que atenção. Hoje concedemos nossos cuidados mentais de forma indiscriminada e superficial.

Nossa mente é como um macaco que pula de galho em galho e não para, não foca, não se aprofunda.

Nós, seres humanos, como disse Dostoiévski, somos tolos porque nos acostumamos com tudo. Normalizamos carregar uma mente que mais parece um carro desgovernado.

E também por isso digo que não somos donos de nossa atenção. Os pensamentos, que deveriam nos servir, são os que mandam em tudo: eles é que ditam para onde vai a nossa atenção – e consequentemente nossa ação.

A mente age a partir de experiências passadas que balizam o que deve e o que não deve mais acontecer. Essas experiências geraram matrizes de informação que se manifestam como medo, ressentimento, ansiedade, carência, etc e que são religadas quando novas experiências relembram aquelas que passaram.

Ou seja, a mente é uma simples máquina de reciclagem. Assim, a mente nos torna controladores porque não sabemos lidar com o inesperado. Por isso, não sabemos lidar com as diferenças e com a liberdade das outras pessoas de não fazer aquilo que gostaríamos que elas fizessem (porque de independente já basta nossa própria mente).

Porém, é possível tomar de volta esse domínio.

O primeiro passo é entender que nós não somos a nossa mente.

Nossa capacidade mental é apenas uma de nossas faculdades e não a nossa identidade. Trazer a atenção sempre para o presente e para a respiração ajuda enormemente fazer frente à sedução dos pensamentos.

O segundo e mais importante passo é praticar meditação.

Meditação te devolve o domínio sobre a sua atenção e, consequentemente, o domínio sobre si mesmo. Por meio de método e por meio de prática – muita prática – você consegue tornar sua mente mais eficiente já que ela vai fazer mais com menos: ela vai te oferecer mais segurança, mais criatividade e mais calma desperdiçando menos energia.

Meditação também vai dar o tamanho certo de cada coisa e vai dar ao tempo o seu lugar certo: desapegar o que é do passado, estabilizar o que é do presente e planejar o que é do futuro sem antecipá-lo.

Já foi dito que hoje vivemos em uma crise de propósito. É fácil de entender: o excesso de distração nos distrai de nós mesmos.

Fica difícil acessar de forma mais fina o que de fato nos traria plenitude quando estamos sendo controlados pelos pensamentos o tempo todo. Responda honestamente: Você controla os seus pensamentos ou são eles que te controlam?

*DA REDAÇÃO RH. Foto de Magnet.me na Unsplash

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Luiz Fellipe de Carvalho

Professor de Yoga, RYT 200 em Yoga Alliance, foi professor na Universidade de Brasília, idealizador do Movimento Ahimsa e dedica-se a estudar o ser humano. Investiga com profundidade filosofias orientais e ocidentais, religião, meditação, psicanálise, história, antropologia e outras disciplinas. Titulou-se mestre em sociologia pela Universidade de Chicago onde estudou o desenvolvimento de religiões ditas "heterodoxas" no Brasil, é pesquisador do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito - CPAH e membro da sociedade de alto QI Mensa.

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