Ah, que viagem doida é essa, a vida?! Que a gente entra e bem cedo aprende que tem que correr, não perder tempo, não perder focos, que tem que ganhar várias corridas.
Que trem de ferro em linha reta é esse?! Que a gente coloca combustível sem parar nos nosso corpos e mentes e o nosso olhar sempre à frente, concentrado em algum ponto de chegada que o mundo nos ajudou a inventar.
E mesmo quando o corpo chia, o coração suspira e a gente precisa diminuir a intensidade do caminhar, a mente não para de ostentar, o mundo não para de falar. Quando foi mesmo a última vez que a gente parou a própria rotina, os próprios sonhos e expectativas e apenas sentou naquela cidadezinha de beira de estrada e tomou um cafezinho sossegado, sem pensar em nada?
É tudo sempre tão corrido, o calendário sempre preenchido, as horas completas, os dias espremidos. Os nossos pés já nem tocam o chão, passam flutuando por todas as superfícies. Não mergulhamos em nenhuma estação de nós mesmos.
Não dá tempo de entender o sofrimento, de quebrar um círculo vicioso, de romper hábitos que nos fazem mal, não dá tempo de aprofundar, adentrar nos labirintos do coração, desfazer os nós e criar outros ‘eus’.
Não dá tempo de construir outro mundo, pois este já nos escraviza em seus mitos. Nossas mãos práticas seguem as riscas, as receitas, desaprenderam no nascimento a tocar e a conduzir intuitivamente, são agora instrumento de nossas necessidades.
Ah, que vida desenfreada, competitiva, em que a gente voa alto, rápido, em que a gente é avião a jato e gosta de mostrar o ronco forte de nossas turbinas e a grandeza de nossas capacidades de lidar com tudo.
Em que a gente quer ser mais para se sentir mais e ofuscar um vazio escondido, em que a gente quer fazer barulho para não ouvir as vozes do nosso silêncio essencial, em que a gente quer ter mais para não deixar de alimentar a máquina das doces ilusões que nos rodeiam. Em que a gente quer parecer mais para convencer os espectadores desse teatro todo, e a nós mesmo, de que todos os nossos esforços não foram em vão.
Que vida vã é essa, pele espessa que não se deixa cortar, sentir, invadir. Superfícies dura e escorregadia, em que tudo passa e pouca coisa fica. Em que a gente vê passar pela janela vultos de tantas coisas, pessoas e sentimentos, num piscar de olhos, tão rápido que não dá tempo de fazer sentido, de entrar para a memória, de construir belezas em nossos álbuns de fotografia.
A vida é curta, então a gente corre. Que ironia! Vida é travessia, a chegada é a morte. O que fica dessa viagem, se a gente não para e aprecia? Se a gente não desce em muitas estações, e olha em volta, anda e respira? Se a gente não perde a gente mesmo em algumas paragens? Se a gente não recomeça do zero e muda o rumo e decide não ir em frente por um bom período de tempo?
Ah, a vida é curta demais para não parar para admirar as paisagens!
O infarto, uma das principais causas de morte no Brasil, deixou de ser uma preocupação…
Você já se perguntou o que o seu sobrenome diz sobre a sua ancestralidade? Muito…
A atriz Bella Campos, de 26 anos, teria sido vista chorando nos bastidores da TV…
Alguns signos simplesmente parecem nascer com uma estrela brilhando mais forte sobre eles. Enquanto muitos…
Recentemente, durante uma entrevista ao WOWcast, Xuxa Meneghel surpreendeu os fãs com uma revelação chocante.…
Recentemente, o campeão do BBB24, Davi Brito, foi formalmente acusado pela Justiça do Amazonas por…