“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. Essa frase é de Fernando Pessoa, um dos maiores poetas de todos os tempos, que nos leva a questionar: O que é alma? O que é uma alma pequena?
Vamos tentar entender porque existem pessoas com “alma pequena”, que machucam seus semelhantes. E para isso, recorremos ao poeta, à filosofia, e suas texturas com a psicanálise.
A palavra alma vem do Latim “animu”, que significa o que anima e do grego deriva de “anemos”, ou seja: ar, sopro. O termo alma também se refere a uma entidade imaterial, que todos os seres vivos possuem, conforme as diferentes tradições filosóficas e religiosas.
Sigmund Freud criou o método psicanalítico, que primeiro chamou de “neurologia da alma” e depois de “medicina da alma”. Ele estudou a fundo a filosofia greco-romana, que considera alma como a dimensão humana mais importante e o princípio de organização dos seres vivos, sendo utilizada para explicar a complexidade da vida e articular suas diversas funções vitais.
Para Carl Jung, a alma humana vive em uma unidade indissolúvel ao corpo, pois ela é um conteúdo relativo ao sujeito, que está ligada ao mundo do inconsciente, da psique. E Jung nos aconselhou: “Sua percepção se tornará clara somente quando você puder olhar para dentro de sua alma.”
As pessoas de “alma pequena” esvaziaram seu “sopro” e escureceram seu ente imaterial, deixando-se dominar pela pulsão de morte.
Aliás, elas se negam a olhar para dentro de sua alma, que se dissolve do corpo e da psique, condenando-as a uma vida sem sentido e a uma prisão sem grades.
É por isso, que elas não se comovem e nem se sensibilizam diante do sofrimento dos enfermos, dos mais necessitados, dos pobres e dos desempregados, que vivem em um mundo desalmado e sem coração.
Além disso, se recusam a dar e receber quaisquer gestos de afeto.
Porém, o oposto de almas pequenas são aquelas almas que se abrem como “asas de anjos”, prontas a ajudar a quem sofre e precisa de luz para continuar sua jornada. É como disse o místico Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, porque para Pessoa todas as ações, mesmo as mais singelas são de grande importância,quando feitas de coração e alma, sobretudo, em uma sociedade que nega esses sentimentos.
Essa dimensão psicoespiritual, só é possível quando conhecermos o nosso “Self ou Si-mesmo”.
Para psicanálise junguiana, isso representa uma imagem arquetípica do potencial mais pleno do homem, que permite entrar em lume: a alma que é capaz de romper com as fronteiras do próprio “eu”, que nos impulsiona em direção do numinoso, constituindo-se um recurso inato da humanidade.
Portanto, todos nós sentimos a necessidade de buscar a psicoespiritualidade, cada um com seu jeito especial de encontrar o numinoso na sua perspectiva amorosa e generosa. Trata-se, simbolicamente, de uma qualidade sobrenatural, que descobrimos nas relações humanas, mas quando “a alma não é pequena”.
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