Há muito tempo, filmes, livros e representações populares moldaram a figura do Diabo. O imaginário coletivo costuma retratar Satanás como uma criatura vermelha, com chifres, tridente em mãos e uma risada diabólica.
No entanto, segundo um especialista religioso, essa imagem clássica está muito longe da realidade bíblica.
O futurista e autor Jared Brock, que estuda teologia há anos e escreveu o livro “A Devil Named Lúcifer“, fez uma revelação surpreendente sobre a verdadeira aparência do Diabo — e também sobre como seria o Inferno, segundo as Escrituras Sagradas.
De acordo com Brock, o Diabo não possui uma forma física definida. Ele seria, na verdade, uma entidade espiritual que se manifesta de maneiras diferentes, muitas vezes de forma sedutora e atraente.
Um exemplo clássico é quando aparece como serpente no Jardim do Éden para tentar Eva.
“O medo não é tão poderoso quanto a sedução”, explica Brock. “O Diabo raramente aparece como um dragão cuspindo fogo. Ele se manifesta de forma sutil, em situações e escolhas do dia a dia.”
De acordo com o especialista, a Bíblia utiliza dois termos principais para descrever o Diabo: “acusador” e “adversário”. Em nenhum momento o texto sagrado sugere que ele seja onipresente ou que esteja em todos os lugares ao mesmo tempo — uma capacidade atribuída apenas a Deus.
“A figura do Diabo com chifres vermelhos é mais fruto da cultura popular do que da teologia cristã”, afirma Brock.
Ao contrário da ideia comum de um lugar com lagos de lava e tormento eterno, o Inferno, segundo a Bíblia, é descrito de forma mais abstrata.
Existem várias palavras usadas no original bíblico para se referir ao “lado sombrio da vida após a morte”, como Sheol, Hades, Geena e Abaddon. Cada termo traz uma nuance diferente, nem sempre relacionada a sofrimento físico eterno.
“Esses lugares são literais? Espirituais? Temporários ou eternos? A verdade é que a Bíblia não fornece uma resposta definitiva”, comenta Brock.
A ideia de um inferno em chamas constante pode ter surgido mais de interpretações medievais e obras literárias, como A Divina Comédia, do que das próprias Escrituras.
Curiosamente, o nome Lúcifer aparece apenas uma vez na Bíblia, em Isaías 14:12, e ainda assim é motivo de debate entre estudiosos. O versículo diz: “Como caíste do céu, ó Lúcifer, filho da manhã!”
Muitos teólogos acreditam que o trecho pode ter sido uma metáfora sobre reis terrenos, e não necessariamente sobre o próprio Diabo.
Já o livro do Apocalipse, capítulo 12, descreve uma batalha entre o arcanjo Miguel e um dragão — associado a Satanás — que é expulso do Céu com seus anjos. Essa passagem reforça a ideia do Diabo como um anjo caído, mas não define sua forma.
Outro ponto importante levantado por Brock é que o Diabo não tem poder para obrigar ninguém a fazer o mal. Frases como “o Diabo me fez fazer isso” são, segundo ele, apenas desculpas para justificar más decisões.
“Ele pode influenciar, seduzir, enganar — mas nunca forçar. A responsabilidade final sempre é nossa.”
A visão que temos do Diabo como um ser monstruoso de pele vermelha e cauda pontuda é fruto de séculos de simbolismo cultural e não de passagens bíblicas. Especialistas como Jared Brock argumentam que Satanás é muito mais sutil, perigoso e presente nas decisões do dia a dia do que gostaríamos de admitir.
Já o Inferno, longe de ser uma paisagem infernal em chamas, pode representar estados espirituais, ausência de Deus ou punições temporais, dependendo da interpretação teológica adotada.
Imagem de Capa: Canva
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