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O que você fez, você sabe, foi foda. Tão foda que eu desacreditei do amor das pessoas e duvidei do meu por um tempo

O que você fez, você sabe, foi foda. Tão foda que eu desacreditei do amor das pessoas e duvidei do meu por um tempo. Tanto tempo já se passou, acho que agora eu posso falar, sem dor, sem mágoa, sem qualquer tipo de rancor, o que aconteceu com a gente, ou melhor, quem eu me tornei depois de tudo.

Eu pediria desculpas por todas as coisas que precisei dizer de você, por todos os olhares de nojo, por todos os foda-se’s que te mandei sempre que você reaparecia.

Mas eu precisava me convencer de que eu merecia mais, nem que pra isso eu tivesse que rasurar a tua existência dos meus pensamentos e te mandar ir a merda.

Porque o que você fez, você sabe, foi foda. Tão foda que eu desacreditei do amor das pessoas e duvidei do meu por um tempo, tão foda que eu fugi de qualquer outra possibilidade de se envolver novamente.

Tão foda que eu me tranquei. Esquivei de olhares. Perdi o interesse. Do flerte. Das pessoas. Das conversas. De tudo que me levasse aquele mesmo caminho que te encontrei. Eu me culpava. Tentava encontrar novos erros em todas as partes de mim.

Do corpo aos gestos. Eu me autossabotei pra ca#alho! Mas a pessoa que me tornei tem orgulho da pessoa que fui. E apesar de toda confusão que você causou, foi com ela que eu aprendi a ser melhor.

Mas por favor, não leve isso como mérito, porque esse texto não é sobre você. É sobre mim!

Sobre o quão foDa eu fui mesmo quando tudo em mim doía. É sobre ter agido com sinceridade comigo e com os outros e não ter envolvido ninguém enquanto meu peito estivesse confuso. É sobre ter compreendido que pra passar, tudo precisava ser sentido.

É sobre admitir que não tem como esquecer quem marca a vida da gente, mas tem como superar. E superar já está de bom tamanho.

É sobre todo o processo de me olhar no espelho e a cada dia, perceber um pedaço novo de mim. É sobre me conhecer novamente e no final, se orgulhar de quem eu era quando te conheci e mais ainda, de quem eu me tornei quando me conheci.

Esse texto é sobre o amor. Sobre o amor que eu dei, sobre o amor que eu fui, mesmo quando os outros não tinham muito pra dar. E principalmente sobre o amor que eu sou. E eu posso até me envolver sem perceber, com pessoas iguais a você novamente, mas eu aprendi que não importa o quanto eu ame, eu preciso soltar tudo aquilo que me aperta.

Iandê Albuquerque

Sou recifense, 24 anos, apaixonado por cafés, seriados e filmes, mas amo cervejas e novelas se houver um bom motivo pra isso. Além de escrever em meu blog pessoal e por aqui, escrevo também no blog da Isabela Freitas, sou colunista do Superela e lancei o meu primeiro livro em Novembro de 2014 pela Editora Penalux. .

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