Em um mundo cada vez mais dominado por padrões de beleza inalcançáveis, uma mãe decidiu agir para mudar a narrativa dentro da própria casa — e viralizou por isso.
A escritora britânica Kate Claxton, conhecida por suas obras infantis voltadas à autoestima, chamou a atenção ao personalizar a boneca da filha com marcas de estrias. O gesto, feito com afeto e propósito, dividiu opiniões nas redes sociais.
Representatividade
Autora do livro ilustrado My Mum’s a Tiger! (“Minha Mãe é um Tigre”), Kate decidiu adaptar uma das bonecas da filha para refletir as mensagens de aceitação corporal que ela mesma promove em suas histórias.
A boneca, agora com listras pintadas à mão imitando estrias, se tornou símbolo de orgulho para a família — e de reflexão para muitos pais e educadores.
“Quero que minhas filhas cresçam entendendo que seus corpos são bonitos do jeito que são — com marcas, cicatrizes ou dobras. Isso é humano”, declarou Kate em suas redes sociais.
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Reações divididas
Nas redes sociais, a boneca de Kate virou o centro de discussões. Enquanto muitos elogiaram a atitude, destacando a importância da representatividade desde a infância, outros usuários nas redes questionaram a escolha.
Alguns comentários apontaram que a exposição precoce a temas como estrias poderia gerar inseguranças nas crianças.
“Por que fazer meninas pensarem nisso tão cedo?”, comentou uma seguidora. Já outra rebateu: “É exatamente por não falarmos sobre isso desde cedo que crescemos odiando nossos corpos”.
Kate, por sua vez, se manteve firme. Para ela, o objetivo não é gerar preocupação, mas sim normalizar as diferenças corporais e construir uma relação mais positiva com a imagem pessoal desde os primeiros anos de vida.
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Literatura, educação e diversidade
Mais do que apenas uma ação pontual, a adaptação da boneca reflete o que Kate promove em suas obras. Em “My Mum’s a Tiger!”, ela narra a história de uma mãe com marcas no corpo — as chamadas “listras de tigre” — que são celebradas como algo poderoso e natural.
A obra já foi elogiada por pais, psicólogos e educadores que defendem uma abordagem mais inclusiva na educação infantil.
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Além disso, a autora costuma incentivar o uso de brinquedos diversos em casa, mostrando diferentes tons de pele, corpos com deficiência e tipos físicos variados. De acordo com especialistas, esse tipo de estímulo ajuda a construir empatia e respeito nas crianças.
Imagem de Capa: Kate Claxton