Nem toda dor vem de relações amorosas ou términos difíceis. Algumas das feridas mais profundas nascem dentro de casa — e, muitas vezes, são invisíveis.
Quando uma filha não se sente amada pela própria mãe, ela carrega cicatrizes emocionais silenciosas que podem influenciar todos os aspectos da sua vida adulta: autoestima, relacionamentos, carreira e até o modo como ela se enxerga no mundo.
A mãe é, para muitas pessoas, a primeira referência de afeto, acolhimento e segurança. Quando esse vínculo é quebrado, ausente ou marcado por rejeição, críticas constantes ou frieza emocional, a filha pode crescer sentindo que há algo de errado com ela.
E essa dor não desaparece com o tempo — ela se transforma em padrões emocionais que seguem pela vida adulta.
Portanto, neste artigo, descubra cinco feridas que mulheres adultas carregam por não terem sido amadas pela própria mãe.
A filha que cresceu sem a validação materna tende a duvidar constantemente do próprio valor. Mesmo após conquistas profissionais ou relacionamentos amorosos, ela sente que “não é boa o bastante”.
Essa insegurança interna pode levá-la à autossabotagem, procrastinação e uma busca incessante por aprovação.
Sem um modelo saudável de amor incondicional, muitas mulheres acabam repetindo padrões disfuncionais em seus relacionamentos.
Dessa maneira, podem se envolver com parceiros frios, narcisistas ou emocionalmente indisponíveis — inconscientemente tentando “reparar” a rejeição da infância. Outras, por medo de sofrer novamente, constroem barreiras emocionais e evitam se apegar.
Na tentativa de finalmente “merecer” amor ou reconhecimento, essas mulheres tornam-se extremamente exigentes consigo mesmas. Vivem em alerta, sentindo que precisam provar algo o tempo todo. Essa pressão constante pode levar à exaustão emocional, crises de ansiedade e sentimentos de fracasso.
Muitas filhas não amadas desenvolvem o medo de repetir os mesmos erros com seus próprios filhos. Algumas evitam a maternidade, outras mergulham em uma tentativa de ser a “mãe perfeita”, vivendo com culpa constante por qualquer erro.
A ausência de referência afetiva saudável torna o processo de educação emocional mais desafiador.
A sensação de não pertencimento é comum entre mulheres que não se sentiram acolhidas por suas mães. Elas podem ser sociáveis, ter amigos, construir uma família, mas ainda assim carregar uma sensação interna de vazio — como se faltasse algo essencial.
Caso você sofra com isso, há maneiras de se curar. O primeiro passo é reconhecer que essa dor é real e válida. Terapias focadas em ressignificação da infância, como a terapia do esquema, terapia somática ou abordagem do inner child (criança interior), podem ajudar a curar essas feridas.
Além disso, desenvolver o autocuidado, a autocompaixão e a construção de uma rede de apoio emocional são atitudes essenciais no processo de cura.
Ser uma filha não amada pela mãe é uma dor silenciosa que muitas carregam sem saber nomear. No entanto, é possível romper com o ciclo de dor e construir uma nova história baseada no amor-próprio, na conscientização e na escolha de relações saudáveis.
O que aconteceu com você na infância pode te marcar — mas não precisa te definir para sempre.
Imagem de Capa: Canva
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