Com o avanço da tecnologia, a inteligência artificial está se adentrando cada vez mais no mundo corporativo, e não apenas nas áreas operacionais. Em uma decisão que chamou a atenção do mercado, o CEO da Klarna, Sebastian Siemiatkowski, utilizou um avatar gerado por IA para apresentar os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025.
A atitude marca mais um passo ousado da fintech sueca no uso de inteligência artificial, mesmo após polêmicas envolvendo demissões em massa.
Em 2022, a Klarna protagonizou uma das demissões mais controversas do setor de tecnologia ao desligar 700 funcionários por meio de um vídeo gravado. A justificativa da empresa foi a reestruturação baseada na adoção de sistemas inteligentes, que assumiriam parte do trabalho humano.
No entanto, a medida gerou críticas intensas e, posteriormente, arrependimento por parte do próprio CEO, que reconheceu publicamente que “nada substitui o valor humano”.
Mesmo assim, a Klarna manteve sua aposta na tecnologia. Recentemente, o executivo surpreendeu novamente ao substituir a si mesmo por uma IA em um vídeo institucional.
Durante a apresentação de 83 segundos, o avatar digital de Sebastian introduziu os números da empresa com aparência, voz e entonação semelhantes ao original — deixando claro desde o início: “Sou eu, ou melhor, meu avatar de inteligência artificial”.
Contudo, isso não ocorreu apenas na Klarna. O CEO da Zoom, Eric Yuan, também usou um avatar próprio para apresentar relatórios da empresa, utilizando recursos da própria plataforma, como o Zoom Clips e o AI Companion.
A diferença, nesse caso, é que Yuan estava presente ao vivo para responder perguntas, enquanto na Klarna, toda a comunicação inicial ficou a cargo do avatar.
Esses movimentos revelam uma tendência cada vez mais comum: executivos e líderes usando IA não apenas para delegar tarefas operacionais, mas também para representações públicas e institucionais. Isso levanta uma série de questionamentos sobre autenticidade, transparência e até ética no uso da tecnologia.
O caso da Klarna reacende um debate importante: até que ponto a IA pode substituir a presença humana em decisões e comunicações estratégicas?
Embora as tecnologias de geração de voz e imagem estejam cada vez mais sofisticadas, o fator humano — com sua empatia, improviso e leitura emocional — ainda parece insubstituível em muitos contextos.
Apesar das polêmicas, o uso de avatares e inteligência artificial em apresentações e processos corporativos parece ser uma tendência em ascensão.
Com a popularização de ferramentas como o ChatGPT, Sora, Synthesia e outras, é cada vez mais fácil automatizar comunicações — desde o atendimento ao cliente até pronunciamentos oficiais.
A grande questão agora é: as empresas usarão essa tecnologia como complemento ou como substituto? E, mais importante, os consumidores e funcionários aceitarão esse novo formato de liderança virtual?
Uma coisa é certa: o futuro do trabalho está se moldando diante dos nossos olhos — e, pelo visto, com rostos cada vez mais digitais.
Imagem de Capa: Canva
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