Quando a gente passa por uma carreta furacão de relacionamentos errados, fica difícil acreditar nos próximos homens que querem entrar na nossa vida.

Sabemos e entendemos que nenhum homem é igual. São todos diferentes no pensar, no agir e no tratar com cada mulher.

E lógico, existe aqueles babacas que tratam mulheres como objeto, mas vai por mim, é minoria. Mas quando a gente já sofreu demais, fica difícil enxergar assim. Nossa mente fica parecendo aqueles rabiscos de crianças de dois anos de idade quando aprendem a desenhar.

Eu por exemplo, já destratei vários homens, e não digo isso com orgulho, mas arrependimento. Pois já disse, são diferentes. É um mecanismo idiota de defesa, que acaba fazendo com que a gente afaste as pessoas de nós. Por medo de sofrer e passar novamente por todo aquele ciclo chato de cair, quebrar a cara, se machucar e aprender algo com isso. É dolorido!

Eu nunca dava oportunidade deles se achegarem, ou quando deixava pisar um pé da porta para cá, eu começava a pensar que a caixinha de Pandora seria aberta. E na verdade, eu é que era a Pandora. Mas no fim ficava sempre a esperança, de fazer algo bom e de mudar tudo isso.

A verdade é que todo mundo erra, inclusive eu. Mas a diferença entre eu e outras pessoas é que não me permito cometer o mesmo erro, ainda mais com a mesma pessoa. É um tanto quanto lógico isso, pelo menos na minha cabeça.

Se o cara vacila comigo uma única vez, involuntariamente, por conta dos problemas do passado, eu já procuro cortar qualquer tipo de relação.

Se não posso confiar em um homem como um amigo, de fato, ficará complicadíssimo seguir em frente e esperar no que vai dar, como um namoro.

Isso fica totalmente fora de cogitação.

Me falaram que eu sou uma pessoa muito fria e dura de coração, mas isso porque já vacilaram comigo mais de uma vez. E convenhamos que não somos Deus para ficar perdoando e amando como se nada tivesse acontecido.

A gente guarda tudo no caderninho dos vacilos.

Não adianta presentes ou declarações, as atitudes contam mais que qualquer coisa. São essas pequenas ou grandes coisas que marcam nossas vidas.

Não sou também nenhuma megera que não sabe perdoar. Perdoou sim, até porque também erro muito. Mais na vida há limites.

Vou te perdoar duas vezes, e depois me afasto, porque não quero passar por tudo novamente.

Perdoar 70 vezes 7 é dar chance para outras pessoas e não permanecer no mesmo erro e levando na cara por ter o coração bom. A gente ama, gosta e a pessoa abusa e pisa por saber disso.

Confiança não se conquista em um dia, mas pode ser perdida em um minuto.

Pois é, para ficar com uma pessoa dessas é preciso muito amor e muita vontade. Aos poucos ela vai reaprendendo a confiar em você, e quando digo que é aos poucos…. É migalhas de confiança.

Mas pode ter certeza que quando uma pessoa que aparenta ser tão fria de coração, ela tem é muito amor guardado. E vai dar para quem merecer e provar que merece.

A maneira como eu falo pode até parecer um jogo, mas não é. Aos poucos cada um vai cedendo um pouco. Vai demonstrando o que sente e cativa o que pode vir a ser um futuro a dois. E isso nos dias de hoje é muito difícil.

As coisas estão indo na base do contato físico, não existe mais tanto romantismo. E tudo bem que estamos mais independentes, mas isso não muda o fato de que queremos e precisamos de amor e carinho.








Nascida em 1989, na cidade de São Paulo é formada em jornalismo pelas Faculdades Integradas Rio Branco. Blogueira e metida a escritora é apaixonada por prosas, crônicas e contos. Seus sentimentos e pensamentos ela expressa em seu blog “pelos olhos da cidade”. Dedicada, esforçada, exageradamente dramática e otimista, procura ver a vida de uma forma simplista. É uma antítese incessante.