“Será que vai dar certo? Acho que eu cometi um erro. E se meu planejamento estiver errado?”

Com tantas mudanças acontecendo na minha vida, é impossível não sentir insegurança. Logo eu, ansiosa até a última gota.

A ansiedade parece um assunto bem clichê, mas quando eu olho o meu meio social.. Cara! Eu conheço tanta gente com depressão, crises de ansiedade, crises de pânico. Bem, no meu caso com todas essas mudanças eu desenvolvi crises de ansiedade. Mudar gera desconforto e, mesmo com tudo planejado, pensado e calculado, não teve jeito. Vou explicar para vocês como eu estou tentando controlar e porque essas crises surgiram.

Em alguns meses, se tudo der certo – pensamentos positivos – eu vou passar um tempo fora do Brasil para estudar e trabalhar. Eu estou apostando muito e quase tudo nessa nova experiência. Saí do meu emprego, vou vender o meu carro, guardei todas as minhas economias e bora lá! Vou tentar uma vida nova, quero descobrir novas culturas, novos dons, quero trabalhar em cafeterias, lavando louça, cuidando de crianças, quero passar perrengue, chorar, morrer de rir, ter novas conquistas, visitar novos países, conhecer muita gente, mas o que eu mais quero é me encontrar. Quero ter histórias para contar, quero pelo menos tentar.

Toda essa vontade de liberdade, a ânsia de me permitir, foram em partes responsáveis pelo aumento das frequências das minhas crises. Mas eu tentei usar o mesmo sentimento para lutar contra isso.

Na minha cabeça eu dividi a minha mudança em fases. Não sei se já passei pela pior delas, mas lá no primeiro texto eu falei sobre sair da zona de conforto, lembram? (Quem não leu >> http://bit.ly/2mpH2GY). Sair dessa zona não é nada fácil, nada simples e muito menos indolor.

Quando eu decidi que era isso que eu queria fazer, mas ainda não tinha pulado fora da zona de aceitação da realidade, eu comecei uma saga de pesquisas por casos parecidos com o meu, de pessoas que largaram tudo para iniciar uma nova fase em outro canto do mundo. Eu conheci virtualmente um casal, a Bruna e o Samir, que tem um projeto chamado Yesbefree, em que eles compartilham as experiências deles pelo mundo, sonhos, questionamentos e conquistas. A Bruna é baiana, formada em administração de empresas e teve experiências profissionais em grandes empresas, mas como eu, não se sentia realizada. O Samir, também baiano, engenheiro, apaixonado pela relação humana, inquieto e espirituoso. Eles arriscaram e foram em busca do novo.

Semana passada eu enviei um e-mail para eles agradecendo, pois sem saberem eles me ajudaram a sair da minha zona de conforto e ir em frente no caminho que eu escolhi. Para quem está passando por um momento parecido, ou tem vontade de mudar, eu aconselho muito conhecer o projeto desses dois. Tanto conteúdo rico compartilhado, tantas experiências boas e chuva de auto conhecimento. O link é esse aqui > http://www.yesbefree.com/. Sigam eles no Instagram também, o conteúdo é diário no stories!

Com tudo isso, muita pesquisa, muita leitura, muita conversa com pessoas próximas, eu mudei a minha atitude nesse período turbulento em 3 passos:

Respirei fundo. Parece que não, mas respirar fundo faz um bem danado a saúde, sabia? Algo tão simples melhora a sua concentração, o seu sistema mental trabalha melhor, relaxa seu corpo e te da estabilidade emocional. Tente iniciar práticas meditativas (Dica – Vídeo de como praticar Zazen)

Mantive pensamentos positivos. Para quem acredita em energia e no poder das palavras e pensamentos, como eu, procurar focar a mente em pensamentos positivos é uma tarefa essencial para a saúde mental.

Estou vivendo o presente sem pressa para o futuro. Ah! Isso é praticamente impossível para um ansioso, não é mesmo?! Ter o mínimo de controle emocional e, como diz a música do Teatro Mágico, “Viva a tua maneira, não perca as estribeiras” -, é desafiador, mas vale muito a pena. Foque nas suas atividades, mesmo que a mudança futura seja enorme e impactante, como no meu caso, eu tento não pensar muito nisso e aceitar que vai acontecer no seu tempo.

“Será que vai dar certo? Vai! De um jeito ou de outro vai dar certo da forma que tiver que ser.”

“Acho que eu cometi um erro. Não cometi um erro. Não tentar pode ser um erro.”

“E se meu planejamento estiver errado? Se estiver errado, eu ajusto e sigo em frente.”

Eu quero motivar e ajudar outras pessoas, assim como a Bruna e o Samir fizeram comigo. Nada mais justo do que retribuir na mesma moeda. Por isso, eu me coloco a disposição para conversar, trocar pensamentos, ideias, informações com quem precisar.

Abaixo eu coloquei o manifesto do Yesbefree, que resume em palavras todo o sentimento desse momento tão importante que eles passaram e eu estou passando.

“A liberdade bateu a nossa porta e decidimos deixá-la entrar.

Resolvemos nos resolver, fazer o que nos move da forma que acreditamos.

Isso significa que nos deparamos com uma carreira promissora, grandes perspectivas de crescimento e salários cada vez maiores. Foi importante, enriquecedor. Evoluímos como profissionais e pessoas e pudemos contribuir também. Mas um vazio ainda nos preenchia.

Que coisa.

Acontece que uma certa inquietação, que lá atrás começou tímida, foi aos poucos desabrochando e se transformando em coragem.

Aí a coragem trouxe sonhos. Os sonhos trouxeram um plano. E o plano evoluiu e regrediu, evoluiu e regrediu.

Entre as dúvidas e certezas, o plano cresceu, ganhou valores simples e essenciais, musculatura e personalidade. A maior certeza é que nossa principal moeda passou a ser o tempo. Tempo para os nossos reais propósitos de vida. Tempo para o nosso eu.

E mesmo com todo o tempo livre dedicado a este novo plano, não temos tudo 100% planejado. Deixamos muitas lacunas a serem preenchidas de propósito. Planejar todos os passos engessa a criatividade.

Falando em criar, precisamos dizer: escrever e fotografar são duas paixões que sempre existiram, mas estavam sufocadas lá dentro do nosso inconsciente conservador.

E isso veio à tona junto com a imensa vontade de explorar novos lugares, novas culturas, histórias. Trocar conhecimentos e nos relacionar com o mundo. Estando no mundo, é claro.

Até partirmos (pro mundo), nossa jornada vai ganhar vida aqui no Brasil. Queremos olhar tudo e todos sob um novo ângulo, com os olhos de um estranho, talvez.

E através dessas experiências e sensações, conhecer pessoas, lugares e coisas singulares.

Trazemos neste projeto nossa personalidade, nossas raízes, o nosso jeito.

A vida é única. E, por ser única, tem que ser livre.”

Como sempre, Gratidão! =)