A vida é cheia de mistérios e surpresas. Como um caminho, ela nos reserva curvas tortuosas e buracos a serem percorridos. Todo mundo vai pisar num deles algum dia. Então simplesmente as coisas não vão bem. Aquele plano, aquela meta ou simplesmente alguma coisa na vida dá errado. E aí a gente se pergunta: e se tivesse sido diferente?

Aprenda a se perdoar…

Esta pergunta tem o potencial para se tornar ou esconder em suas entrelinhas uma segunda e muito mais nociva mensagem: eu deveria ter feito diferente.

Deveria? Talvez pudesse ter feito, mas não fez. Acontece que a gente faz aquilo que pode naquele tempo e com aquelas condições que temos em dada circunstância. E, às vezes, ter condições implica as tão desprezadas condições emocionais. Todo mundo se cansa. Todo mundo se esgota, se sente triste, alegre, distraído, com ou sem concentração: somos seres inacabados em constante mudança para muito além do que podemos controlar.

Temos a tendência de querer sempre o máximo de nossas decisões, mas o máximo pode simplesmente ser aquilo que a gente consegue, nem mais, nem menos – o que é muito diferente da idealizada e inalcançável perfeição.

Então aqui vai um conselho para você: busque o seu perdão!

Não faça isso pelos outros ou pelo dano que imagina ter causado, mas por si mesmo. Pense naquilo que você viveu como algo inevitável naquele tempo e com o que você tinha na época.

Nós sempre fazemos o melhor.

Ninguém entra num relacionamento para ele dar errado – pode até entrar com esse medo, mas não com a intenção. Ninguém investe pensando em perder e ninguém faz algo buscando o pior, mas, às vezes, ele acontece. Tudo bem! Sempre podemos parar, recomeçar e levantar de novo, o que parece que você já fez.

Quando a gente se culpa por uma escolha, essa culpa nos envenena por dentro. Se responsabilizar pelo caminho é importante, mas tornar essa responsabilidade numa tirana culpabilização apenas vai destruir você por dentro. É como beber um pouquinho de veneno todos os dias.

Culpa é quando o ódio se volta contra você mesmo. Não odeie a si mesmo por ter errado. É muito tentador rever a situação minuciosamente para encontrar tudo aquilo que se fez de “errado”. Não faça isso!

Perdão também encontra outro sentido: o de perda. Às vezes a gente simplesmente precisa aceitar que perdeu, que certas coisas estão além do nosso alcance, por mais que a gente deseje fazer diferente. Tem vezes que o melhor que podemos fazer é aceitar que não podemos.

Perdoar a si mesmo é voltar a se amar e o amor é libertador!

Não podemos mudar o passado, mas podemos investir no futuro e de que modo melhor do que de bem com a gente mesmo?
Perdoe-se!








Gaúcho, graduado em psicologia e estudante apaixonado das relações humanas e da pluralidade do amor. Acredita que este sentimento é sempre saudável quando é uma via de mão dupla e mútuo crescimento. Nas horas vagas, dedica-se a escrever sobre o amor e suas complicações na página Relações Perigosas no Facebook.