Imagens chocantes de ondas gigantes atingindo a costa da ilha de Hokkaido, no Japão, chamaram a atenção do mundo nesta quarta-feira (30). O fenômeno foi provocado por um forte terremoto de magnitude 8,8 registrado no leste da Rússia, na região da Península de Kamtchatka.

A população japonesa entrou imediatamente em estado de alerta, com evacuações e sirenes soando em diversas cidades costeiras.

Mar agitado e alerta máximo em Hokkaido

Nas redes sociais, vem circulando diversas imagens mostrando ondas se formando rapidamente e avançando contra o litoral japonês. As cenas mais alarmantes vieram de Hokkaido, uma das maiores ilhas do país, que ficou sob alerta de tsunami com previsão de ondas de até 3 metros de altura.

Portanto, as autoridades locais pediram que os moradores deixassem as áreas de risco e buscassem abrigo nas regiões mais elevadas. O transporte público foi temporariamente interrompido e escolas suspenderam suas atividades.

Epicentro do terremoto e possíveis consequências

O epicentro do tremor foi localizado a cerca de 125 km da cidade russa de Petropavlovsk-Kamchatsky, a uma profundidade de aproximadamente 19 km. De acordo com especialistas, tremores com essa profundidade favorecem a formação de ondas sísmicas submarinas, capazes de gerar tsunamis devastadores.

Na Rússia, a costa de Kamtchatka já havia registrado ondas de até 4 metros, forçando a evacuação de diversas comunidades litorâneas. Relatos locais mencionam danos em infraestrutura e feridos leves, inclusive em aeroportos da região.

Japão, Havaí e países do Pacífico sob vigilância

O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico (PTWC) confirmou que ondas também alcançaram o Havaí, com cerca de 1,7 metro de altura. Por precaução, o estado norte-americano suspendeu atividades comerciais e cancelou voos em ilhas como Maui.

Além do Japão e dos EUA, outros países da costa do Pacífico emitiram alertas de risco, incluindo México, Chile, Equador e Peru. Até o momento, os impactos fora da Ásia têm sido moderados, com monitoramento contínuo das marés e evacuação preventiva em áreas vulneráveis.

O que dizem os especialistas

Segundo sismólogos, este é o terremoto mais forte registrado desde 2011, quando um tremor devastador atingiu o Japão e causou o desastre nuclear de Fukushima.

Embora o evento atual tenha ocorrido em uma área menos densamente povoada, o potencial destrutivo do tsunami exige vigilância redobrada e ação coordenada entre os países afetados.

Nas redes sociais, usuários japoneses compartilharam relatos de medo, preocupação e também alívio por estarem seguros. Alguns vídeos se tornaram virais ao mostrarem o momento exato em que as ondas atingiram o litoral, com legendas como “parece cena de filme, mas é real”.

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