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TUDO TEM UM LIMITE, ATÉ MESMO A BONDADE

Não tome para si o trabalho do outro. Evite insistir em aconselhar quem não escuta ninguém além de si mesmo. Tenha em mente que o amor também possui limites, requer não, requer concessões, requer reciprocidade.

Infelizmente, os limites que não devem ser ultrapassados, em qualquer situação, são ignorados por muitas pessoas, pois existem indivíduos que não parecem possuir um mínimo de bom senso. Pensando somente em si mesmos e em mais ninguém, eles vão agindo da maneira que bem entenderem, falando sem refletir, julgando sem analisar, machucando sem culpa alguma, delegando a outrem tarefas que são deles. Limites devem ser respeitados, ou sempre haverá alguém sendo feito de trouxa.

Não tome para si o trabalho do outro. É comum, em ambientes de trabalho, ter alguém que costuma folgar e deixar suas responsabilidades para o colega de trabalho. Escondida sob desculpas várias, a pessoa pede ajuda o tempo todo, não para aprender, mas para se livrar de suas obrigações, enquanto o colega faz o serviço para ela. Se não soubermos dizer não, acumularemos tarefas que não são nossas e nos prejudicaremos, enquanto o outro permanece lindo, leve e solto.

Evite insistir além da conta em aconselhar quem não escuta ninguém além de si mesmo. Tentar esclarecer as coisas com quem precisa de ajuda é algo que deveremos fazer, porém, repetir e repetir e tornar a aconselhar, sem que o outro mude uma vírgula de seu comportamento, acabará por nos esgotar e nos desequilibrar. A ajuda é inútil quando o outro não quer recebê-la, ou seja, insistirmos no que não tem futuro fará com que nós mesmos então precisemos de ajuda.

O amor também tem limites, requer não, requer concessões, requer reciprocidade. Quando amar se torna peso, ida sem volta, insistência, vazio e dúvida, é porque os limites da dignidade que o sustenta já se perderam. Amor pelo outro e amor-próprio não se dissociam, mas se complementam e se fortalecem juntos, sem que um se sobreponha ao outro. Ultrapassar os limites do parceiro é desrespeito, desatenção, é desamor.

Teremos é que estar conscientes de que, por mais que já tenhamos ajudado alguém, assim que impusermos algum limite, seremos alvo da sua ingratidão e tudo o que fizemos será esquecido. Porém, se assim não agirmos, estaremos fadados à infelicidade diária, pois esgotaremos todas as nossas forças, esquecendo-nos de nós mesmos nesse percurso. Precisamos, também, ajudar a nós mesmos, ou então sequer conseguiremos ajudar a quem realmente precisa de nosso amor.

Prof. Marcel Camargo

Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.

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