Eu preciso de mais tempo só pra mim. E você também precisa! Acho que esse ano foi um dos mais intensos e fodas que já vivi, mas ao mesmo tempo, foi o ano que mais me consumiu. E agora, sinto uma necessidade infinda de cuidar de mim. De estar comigo e ouvir os meus anseios, de parar um pouco toda essa correria e refletir sobre as coisas que pretendo alcançar, de entender as minhas prioridades e parar de priorizar coisas que não somam na minha vida.

Se eu pudesse lhe dar um conselho, esse conselho seria: dê tempo pra você, tá tudo bem parar um pouco pra respirar, tá tudo bem você perder o ritmo de vez em quando e conversar consigo mesmo, tá tudo bem você descansar enquanto todo mundo pede pressa, você também precisa de você. Esteja com você, converse com você, você precisa parar de ouvir um pouco as pessoas e começar ouvir a si mesmo.

Às vezes a gente acaba se cobrando tanto, tentando resolver os problemas dos outros e ser ombro amigo o tempo todo, que esquecemos de nós. Eu também preciso de mim, sabe? Você também precisa de você.

Esses dias eu parei pra pensar sobre as minhas prioridades, os meus planos, os problemas que são só meus e que por vezes são pequenos demais diante da minha força e fé, eu sei. E pude enxergar o quanto eu precisava me dar as mãos, abraçar eu mesmo e me acolher por um tempo, é como se eu tivesse nadado, nadado, nadado pra caramba o ano inteiro, e agora, tivesse parado no meio do mar e dissesse pra mim mesmo: eu preciso voltar pra areia pra poder respirar um pouquinho.

Esse texto aqui é pra te dizer o óbvio: Você também precisa tirar um tempo pra você. Sair por aí tomar um sorvete ou ver uma exposição sozinho, fazer uma maratona de filmes que você abriu mão o ano todo por conta das suas obrigações diárias. Sentir a areia da praia entre os seus dedos, focar nos seus planos e sonhos que você deixou um pouco de lado porque a rotina te massacrou. Ser voluntário de algum projeto social, viajar, fazer um mochilão e conhecer outros lugares, novas praias, tomar banho de chuva, de mar, de cachoeira. E talvez chorar um pouco, por quê não?

Eu sinto que preciso respirar. Respirar para o amor, respirar para as relações, respirar pra lidar melhor com os finais e términos, respirar pra rotina alguma me afastar dos meus objetivos, respirar pra não tropeçar nos meus próprios passos e entender que as coisas vão acontecer no seu tempo. Respirar pra ser livre e ter mais tempo comigo mesmo. E principalmente, entender que eu não posso salvar todo mundo, que às vezes eu preciso salvar à mim.








Sou recifense, 24 anos, apaixonado por cafés, seriados e filmes, mas amo cervejas e novelas se houver um bom motivo pra isso. Além de escrever em meu blog pessoal e por aqui, escrevo também no blog da Isabela Freitas, sou colunista do Superela e lancei o meu primeiro livro em Novembro de 2014 pela Editora Penalux. .