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Tudo passa, mas as marcas ficam.

Tudo passa, mas as marcas ficam. As marcas ficam, mas não precisam mais nos paralisar. É assim que a vida segue.

“Vai passar” é uma das frases mais escritas, ditas e ouvidas nos últimos tempos. E, muito provavelmente, aguardar a passagem do tempo seja uma das maiores dificuldades do ser humano. Nossa capacidade de relembrar o passado e de antecipar o futuro acaba nos tornando ainda mais propensos à ansiedade. E como demora essa passagem do tempo.

Tudo está muito rápido, desde a velocidade com que as comunicações são feitas, os downloads, até a divulgação de notícias.

Não precisamos mais esperar para ver como a foto ficou, para gravar uma música, para receber a carta, o telegrama, para ver a pessoa.

Chamadas de vídeo estreitam distâncias abissais, o whatsapp nos permite entrar em contato em tempo real, ou seja, não aprendemos mais a esperar.

Mas a vida consiste, em muito, nas esperas. Espera pelo amor verdadeiro, pelo resultado da prova, pelo diagnóstico médico, pelo próximo encontro, pela visita, pela festa.

Espera por dias melhores, pela realização dos sonhos, pelo próximo dia, pela luz do amanhã.

A arte de saber aguardar não é para muitos, porque não é fácil, ainda mais quando passamos por desesperança, por turbulências, por uma dor que queremos esquecer.

E a ansiedade aumenta porque a gente acha que a passagem do tempo, além de levar embora a dor, também vai apagar aquilo tudo de nossas vidas. Ledo engano.

A dor vai diminuindo, mas tudo o que passa por nós acaba deixando algo aqui dentro.

A gente supera o que passou, mas continua carregando os legados emocionais do que nos aconteceu. O tempo ameniza pesos, mas não apaga as memórias, nem as do coração.

Cabe-nos transformar as marcas que ficam em cicatrizes que ensinam, perdoam, libertam.

Tudo o que permanece dentro de nós deve ser cuidado com muito carinho e receber um olhar condescendente, para que possamos ressignificar a dor, percebendo que o que feriu não tem mais nenhum poder sobre nossas vidas.

Somos fortes o bastante para sobreviver ao que sequer imaginamos. Tudo passa… As marcas ficam, mas não precisam mais nos paralisar. É assim que a vida segue.

*DA REDAÇÃO RH. Foto de Fallon Travels no Unsplash.

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Prof. Marcel Camargo

Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.

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