Para diagnosticar uma pessoa com comportamento antissocial, é necessário que este padrão de comportamento venha se mantendo já há algum tempo.

A violência é a forma de usar a agressividade de forma intencional e excessiva ao fazer ameaças ou praticar atos que venham resultar em acidentes, mortes ou traumas psicológicos. Por mais conveniente que seja conceber a violência e a agressão como processos comportamentais, é difícil analisá-los isoladamente. De acordo com a psicóloga Marta Riberio, o fato se deve pelo comportamento violento não se tratar de conceitos simples e unitários.

Ela explica que há muitos eventos que podem desencadear a violência, tais como efeitos de álcool e drogas e transtornos psicológicos. “A violência, em termos gerais, não é uma doença, podendo ser apenas explosões de comportamento devido às circunstâncias, as quais o indivíduo não consiga manter o controle”, relata.

Este tipo de comportamento tem sido explicado no estudo da relação do homem com o seu meio. Para diagnosticar uma pessoa com comportamento antissocial, é necessário que este padrão de comportamento venha se mantendo já há algum tempo e com alta frequência por períodos duradouros. O que é diagnosticado é o padrão de comportamento e não o organismo.

Transtorno Explosivo Intermitente

A psicóloga ainda explica os casos de Transtorno Explosivo Intermitente, que é um transtorno de causas biológicas, psíquicas, sociais e ambientais que se caracteriza pelo comportamento de instabilidade afetiva.

“Esse transtorno gera comportamentos de riscos relacionados à violência. Embora, neste caso, os atos de violência não sejam premeditados, o portador deste transtorno sente culpa por este comportamento, chegando a ficar triste e envergonhado pelo ato de violência”, comenta.

A pessoa que se engaja neste tipo de comportamento violento, não consegue se controlar e vive num efeito dominó, devido aos prejuízos que causa à própria vida e das pessoas com as quais convive.

“Diante disso, os tratamentos médico psiquiátrico e psicológico são necessários para que se controle o grau e frequência desses episódios violentos, trazendo, desta forma, melhor qualidade de vida a esses indivíduos estendendo a seus familiares e demais aos quais se relacionam”, comentou.

A conclusão mostra que o comportamento violento não pode ser atribuído a uma única causa. “Tendência inata, patologia, ambiente desfavorável ou experiências dolorosas, é preciso considerar a combinação de fatores de risco que reforçam e se influenciam mutuamente”, finalizou.