Tem gente que nos proíbe de tantas coisas, que acha que devemos obrigações e aceitar as imposições que nos oferecem; que devemos seguir seus padrões como se nunca tivessem errado ou se enganado na vida.

Tem gente que se acha superior, só porque se acha, e colocou dentro da cabeça que não vai mudar e ponto final.
Quem quiser que mude quem quiser que rasteje que venha atrás, que venha agradar que venha tentar conseguir um pouco de atenção.

Será que pessoas assim são tão importantes para nós a ponto de nos humilharmos para nos sentirmos um pouquinho amados? Será que não estamos nos intoxicando com essa falta de amor?

Não entendo isso, não entendo esse sentimento de vazio que muitos proporcionam como forma de punição por coisas que fizemos, ou nem fizemos, mas que, por prazer, nos tratam como se fôssemos o final da festa ou a sobra do almoço de domingo.

Que regras são essas que devemos seguir, se sequer somos ouvidos, tolerados, não somos abraçados acolhidos e amparados na hora da necessidade?

Tem gente que não sabe lidar com o sentimento do outro, tem gente que não quer saber da vida do outro, porque nada interessa mais do que a própria existência, os seus dramas pessoais e a vitimização por vezes quase infantil.

Triste é saber que as pessoas complicam por complicar, afastam-se por que não se sentem confortáveis a ponto de colocarem suas diferenças na balança para ver quem dividiu, rachou, separou as bases que poderiam ser mais sólidas, de amizade e afeto.

Aí nós nos excluímos, afastamo-nos, buscando outras direções e pessoas que nos deem um diferencial e que se aproximem sem cobranças. Deixamos aquele laço e nos tornamos mais ausentes daquilo que um dia poderia ser diferente.

Tem gente que vem para nos ensinar, para nos testar para nos colocar à prova, feito lição de casa, feito discernimento, feito reconhecimento do espírito que, por vezes tão só, não se magoa mais, não se justifica mais, não trava mais batalha com ninguém.

Ele apenas espera que a vida tenha compadecimento das coisas que teve que passar que teve que engolir só para poder equilibrar-se onde sempre a corda roeu para o lado mais esquecido e indiferente.

Por vezes, sinto uma grande emoção aflorando na pele, sinto uma vontade imensa de gritar e colocar tudo aquilo que restou lá no fundo da alma, mas eu sei que ninguém vai me ouvir, além de Deus.

Confesso que trabalho muito minha resiliência, meu perdão, minha condição como alguém que veio aqui para ser feliz e que continua tentando obter paz no coração.

Sigo, através do amor, através da dor, da consciência que pratica o desapego das páginas viradas, dentro do que tenho hoje. E se o que tenho hoje é o necessário é esse o aprendizado que preciso aceitar agradecer e levar comigo para a vida.








Sou Paulista, descendente de Italianos. Libriana. Escritora. Cantora. Debruço-me sobre as palavras. Elas causam um efeito devastador em mim. Trazem-me â tona. Fazem-me enxergar a vida por outro prisma. Meu primeiro Livro foi lançado em Fevereiro de 2016. Amor Essência e Seus Encontros pela Editora Penalux. O prefácio foi escrito pelo Poeta e Jornalista Fernando Coelho. A orelha escrita pelo Poeta e jornalista Ivan de Almeida. O básico do viver está no simples que habita em mim.