E como tem dessas decepções na vida. Geralmente vêm de pessoas em quem confiamos. E para quem é boa observadora ou tem um sexto sentido apurado, é mais pesado. Por que a gente desconfia de algo, pensa “claro que não, estou viajando”.

E daqui a pouco vem a prova de que estávamos certas. Assim, aumentamos a nossa cota de decepções na vida. Ficamos mais frias, mais fortes, à duras penas. Mas aí vem a nossa consciência e diz “quem mandou confiar, mulher?”.

A gente confia mesmo em quem não devia. E aí, haja choro e arrependimento. Os sentimentos conosco são mais aflorados. Os anseios mais intensos e as decepções da vida doem muito. Mas depois de cavarmos mais um problema, o quê fazer?

O erro já foi cometido. O caminho errado escolhido. O primeiro sintoma pós decepções da vida, é o choro e arrependimento. Há quem queira terceirizar a culpa. Mas isso de nada vai adiantar.
Quem confiou? Quem abriu a porta para alguém nos decepcionar? Nós mesmas! A partir dessa maturidade que assumir para nós mesmas o erro, aí sim, vem a melhor parte.

Ficamos mais frias e mais fortes. Mais atentas também. Essas decepções da vida, nos protegem para as próximas. Ainda que causadas por nossas escolhas erradas. É totalmente aceitável errar.

Assumir o erro e aprender com ele é o melhor a fazer. E essas decepções da vida nos ensinam muito. É algo cruel e doloroso, mas nos faz adultas melhores. Quem confia muito em quem não conhece é ingênuo.

A vida adulta não é só alegria. Lembro quando era criança e queria brincar mais na rua e a mãe dizia “quando for adulta e pagar as suas contas, faz o que quiser, por enquanto eu mando aqui!”. Nessa época eu pensava em ser adulta logo pra brincar mais na rua.

E como brinco! Acordo cedo, trabalho, estudo, quebro a cara. Eu era feliz me machucando pelo asfalto, caindo de bicicleta e não sabia. O asfalto hoje são essas decepções da vida.

A parte boa é ter maturidade o suficiente para percebermos que erramos. Aprender com cada situação. E seguir em frente. Vale chorar, vale se lamentar, vale se arrepender. Estamos sujeitas à errar mesmo.

Viver em um mundo arrodeado de pessoas tem disso: decepções da vida. Problemas que geramos ou que desabam à nossa cabeça, situações em que a vontade de temos é voltar no tempo e tomar um caminho diferente.

Pensar o quanto fomos idiotas em acreditar. Tudo isso nos leva a um poço. Bem fundo… É o poço da reflexão. Há quem diga que o pior lugar para estarmos, é no fundo do poço.

Cada pessoa pensa como achar o mais correto. Podem me chamar de louca, mas eu adoro o fundo do poço. É um lugar de tristeza e lamentação, mas as melhores decisões pra minha jornada, tomo no fundo do poço.

A tristeza é melhor conselheira que a alegria. O choro é melhor conselheiro que a ansiedade. Quando estamos muito felizes, empolgadas, não pensamos direito e assim, tomamos decisões que poderiam ser mais pensadas.

No fundo do poço, com a tristeza e o choro de companhia, refletimos mais. Analisamos bem o problema criado. Tiramos todo o aprendizado dele. E assim, saímos dessa decepção mais fortes, mais frias. Preparadas pra próxima que provavelmente não será igual a última.

Aprendizado sobre as decepções da vida traz essa carta na manga: não errar de novo o mesmo erro. Chore, se lamente, se arrependa. É normal, só não terceirize a culpa. Não desperdice esse momento de aprendizado.








É graduanda em Psicologia, tem 32 anos. Como o que faz o mundo dela girar, são as pessoas, trabalha com Recursos Humanos. É mineira, bem casada com um Gaúcho lindo. Mora em Porto Alegre desde 2012. Está sempre lendo e ama escrever. Se sente rica, por ter vários livros em uma estante que é o seu tesouro. Ama se engajar em causas sociais, crê que a única coisa que levamos desse mundo, é o que plantamos. E que as boas obras, são fundamentais.