Leia o texto abaixo ao som de Adam Levine – Lost Stars

Não existe relacionamento ideal. Assim, como não existem amores perfeitos. A vida está em constante movimento, em busca de sintonia e equilíbrio. Ao longo da nossa jornada, o destino nos faz cruzar com pessoas nas quais sonhamos uma vida inteira, para que possamos adquirir experiências, amadurecimento e compartilharmos os sonhos.

Encontrar alguém que faça o coração pulsar um pouco mais acelerado do que o normal, hoje em dia, é uma raridade. As pessoas andam comuns demais, sem diferencias e acabam sempre fazendo mesmices clichês. É cansativo aquela fase da conquista, de se conhecer e toda aquela apresentação familiar e amigável. No começo, tudo parecem flores, mas conforme o tempo vai passando, os machucados começam aparecer, primeiramente, por meio da ponta dos dedos. E, depois, quando nos damos conta, estamos com espinhos por todo o corpo. Amores são assim, à princípio, um jardim de rosas. Tudo são elogios, qualidades e prospecções. Na hora de regar, cultivar e continuar plantando, descobrimos que a nossa horta está cheia de pestes. Ou, melhor dizendo, que semeamos esperanças e colhemos frustrações. Tudo parece intacto, até o momento, em que descobrimos cactos em lindos buquês.

O começo de qualquer relacionamento parece estável. O frio na barriga se faz presente, a ansiedade, a insistência e até a insônia chega a ser bem-vinda. Perder o sono por pensar em alguém, não é de todo mal, algo ruim. Olhar para o nada e imaginar tudo, desejar e fazer acontecer. Tudo parece fixo, praticamente certo, eu me entrego e como de costume, as expectativas são jogadas no lixo. Aquele negócio de intensidade, corpo e alma, perde o sentido, quando, por um motivo ou razão qualquer, o sentimento do outro não é recíproco.

Eu tanto fiz, por todos os amores que entraram na minha vida. Me dediquei, me esforcei e fiz do possível ao impossível para que eles nunca decidissem ir embora. Eu nunca pedi para ninguém ficar, não insisti. Acredito, verdadeiramente, que quem realmente quer, fica porque quer. Temos os nossos motivos pessoais, os propósitos e objetivos. E, bom, escolhi todos os meus amores à dedo, para me certificar de que, a minha parte eu faria. Não faltou paixão, não faltou respeito, nem a sinceridade que tanto cobram nas relações. Não era para ser, não era você.
Agora, sinto muito por assumir, mas tanto faz. Certo dia, não somente acordamos, mas despertamos. Levantamos da cama com outras prioridades, com outro foco, outra visão. O amor não tem nada a ver com decepções, também não combina com o desprezo ou a indiferença. Mas, a partir do instante em que oferecermos o nosso melhor, e não temos o mínimo de reconhecimento, o melhor a fazermos é abrirmos as mãos e deixar tudo isso escorrer entre os dedos.

Tanto fiz, que agora tanto faz. Quem chegar, que entre para ficar. Não precisa pedir licença, pode me invadir. Sou intensa, não mergulho em superfícies rasas. Sem comparações, não seja igual. Escolha ficar, porque gostou de mim, ou porque quer fazer planos ao meu lado. Fique porque se encantou com o meu sorriso, porque temos afinidade, intimidade ou gostos em comum. Fique porque encontrou em mim tudo o que te faltava. Fique depois de uma briga, uma discussão. Fique porque não aguentaria estar longe. Fique porque você ja esta com saudade e nem virou as costas. Fique porque você acredita. Fique com incertezas, resolveremos todas elas. Fique porque eu procuro alguém que se importe há tanto tempo. Fique porque eu quero que seja aquela coisa boa, no meio de toda essa montanha de problemas.

Só não me venha com meias palavras.

Nesse caso, eu sempre vou preferir o silêncio da sua língua na minha. Nem que seja por breves instantes, melhor a verdade, do que me iludir em novas mentiras.
O mundo já está cheio de relacionamentos mais ou menos, eu não quero estar em mais um dessa lista.
Ao próximo amor, que faça valer a pena.








Nunca confie em uma escritora confusa e romântica. As controversas entre um texto de amor e outro de desilusão, podem causar questionamentos pessoais. Consequentemente, sequelas mais graves.