Não é fácil se despedir de uma história, eu sei, principalmente quando tudo que queremos é continuar escrevendo cada capítulo. Acontece que nem sempre as coisas funcionam da nossa maneira, sabe? Eu sei que você achou que aquela pessoa ia ser a única que ficaria pra sempre na sua vida, mas quando você vai entender que o ”pra sempre” às vezes acaba?

Eu sei que às vezes planejamos um outro fim e que é complicado lidar com o fato de que a vida vai continuar e talvez, vocês nunca mais se esbarrem. Mas a vida é assim. Uma hora está tudo bem e de repente, surge uma tempestade e deixa tudo fora do lugar. E por mais que tudo pareça perdido, entenda, o que seria da vida se a gente uma vez ou outra, não se perdesse?

Às vezes você tem vontade de fechar os olhos e desejar que tudo volte a ser como era antes. Você só quer que a vida te traga de volta aquela calmaria que te fez acreditar no amor, você só pensa no quanto aquele olhar e aquele abraço te acalmou quando você teve medo.

Sei que você só quer sentir que o amor ainda faz bem. Eu sei por que pra mim também foi assim. Eu já sofri bastante por não querer me despedir de um amor que já tinha ido embora, já perdi muito tempo da minha vida tentando encontrar motivos pra continuar insistindo em alguém que já tinha me virado as costas, corri quilômetros em terra firme e em pensamento atrás de alguém que já tinha soltado a minha mão, já tinha desconsiderado que eu existia.

Também já pensei que ia morrer de saudade, que não ia suportar a ausência e que jamais voltaria a acreditar no amor. Ainda bem que eu estava errado, ainda bem que tudo isso passa e a gente fica bem de novo.

A gente só tem que parar de ficar se prendendo em algo que já acabou. Pode até ser um tanto difícil, mas com o tempo você vai aprendendo a aceitar as coisas como são. A deixar que a vida te leve e a compreender que o que for pra ser, será. E certas pessoas e coisas não são, não tem como mudar isso. Algumas pessoas vão te deixar em pedaços pra quando você se reconstruir, perceber que elas realmente não precisavam ficar.

E tudo bem viver uns dias luto, sabe?
Só não esquece que a vida é muito mais do que um ”fim”.








Sou recifense, 24 anos, apaixonado por cafés, seriados e filmes, mas amo cervejas e novelas se houver um bom motivo pra isso. Além de escrever em meu blog pessoal e por aqui, escrevo também no blog da Isabela Freitas, sou colunista do Superela e lancei o meu primeiro livro em Novembro de 2014 pela Editora Penalux. .