Não devemos desprezar o nosso passado, mesmo que ele tenha sido vergonhoso. Se nos transformarmos em quem nascemos para ser, é como lapidar um diamante e deixá-lo brilhar nas prateleiras de nosso coração…

Se, ao contrário disso, você essencialmente é virtuoso, mas em algum momento da vida perdeu-se em algum percalço de seu caminhar; reerga-se, saiba florescer nas primaveras das novas oportunidades, que sempre surgirão para você.

Dificilmente nascemos e crescemos de forma exemplar, a vida é uma grande escola onde se é permitido cair para logo em seguida nos levantarmos, majestosamente, ou quando não, cambaleando incertos nas asas da insegurança voraz que nos aturde…

Devemos integrar tudo que fomos, de forma a evidenciar o que temos de melhor guardado dentro de nós.

Dessa maneira estaremos caminhando em solos que não nos farão derrapar por essa estradas intermináveis que optamos por trafegar indiscriminadamente.

Saiba que, todos somos passíveis de erros, onde errar, acertar e progredir, serão os percalços inevitáveis que precisaremos estar incumbidos de vivenciar em nossa marcha cotidiana.

Muitas vezes, temos dentro de nós, a sensação de que o passado não tem a menor importância, que ele não faz mais a menor diferença, mas acredito que não seja exatamente assim que as coisas funcionem.

É importante sim, muitas vezes, voltarmos por alguns momentos lá atrás, para que possamos compreender melhor o nosso hoje e como estamos nos portando diante dos fatos que se desencadeiam diante de nós.

Devemos regressar para reconhecermos que temos emoções que podem estar emaranhadas nas telas de nossos sentimentos.

Sabemos que não moramos mais no que ficou para trás, mas é importante compreendermos que tudo que fomos, será resultado do que somos agora, para que a vida caminhe sem estardalhaços, sem o embaraçar de vivências pretéritas.

É fundamental que validemos o que passou, para que o que venha a ser, seja o resultado de como estaremos nos sentindo no dia de hoje.

Volte, investigue, analise, reconheça seus pontos fracos, saiba ressurgir das cinzas que não voltam mais, mas que estão ali como uma areia do tempo que tem enorme significância para que os grandes montes deslizem sem o pesar de saliências incertas que podem tanto nos afundar, como não nos deixar sair do lugar.

É preciso sim, que saibamos reconhecer que o que experimentamos nos servirá como bálsamo revitalizador, ou como pedras em nossos caminhares, mesmo não estando mais proeminente dentro de nós.

Saiba que, algumas pessoas não conseguem viver com totalidade o momento do agora, simplesmente porque as coisas não foram bem resolvidas e devidamente compreendidas.

Solte o passado, ele não existe mais!

É preciso que, nos coloquemos no colo e saibamos perdoar tudo que foi, para que o que virá, seja a construção de tudo que precisamos vivenciar para que a vida seja um pouco mais leve.

Que a esperança venha em águas serenas que nos mostrarão que estamos vivos e que viver será sempre oportunidade única, nos mostrando que somos capazes de desvendar os mistérios que podem estar nos impedindo de vivermos plenamente o presente que é a vida.

Valerá a pena, optarmos por reconhecermos que somos passíveis de erros e que devemos ser generosos conosco, nos perdoando sempre que for preciso.

Devemos morrer, crescer e renascer sempre que isso se fizer necessário.

Enfim e sobretudo, partamos do princípio de que todos sem exceção, somos iguais, ou talvez, muito parecidos.








Seu lema é acreditar na vida. A escrita, para ela, é uma forma de protesto perante uma sociedade tão carente de sentimentos verdadeiros. Acredita ser essa sua verdadeira missão na terra. Venera os animais conhecidos como irracionais e também o que existe de mais belo e genuíno no interior de cada personalidade que entrelaça o seu caminhar... Para ela, escrever é simplesmente viver! Recentemente escreveu o livro: Minha vida com o transtorno esquizoafetivo. Em uma narrativa emocionante e realista ela discorre sobre o problema que foi obrigada a vivenciar desde os tempos de sua meninice. O livro pode ser encontrado em diversas livrarias espalhadas pelo Brasil.