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Solitude: Quando somos a nossa melhor companhia

Quando somos a nossa melhor companhia não nos sentimos vazios, tampouco desesperados por ter alguém ao nosso lado custe o que custar, pois nos tornamos resistentes ao que é fraco, insosso, ao que faz mal.

Estamos vivendo a era da solidão, em que as relações virtuais imperam ao lado da desconfiança do outro, em vista da competitividade que permeia todos os setores de nossas vidas. Para não fugir ao chavão que caracteriza as relações sociais contemporâneas, somos solitários em meio a multidões.

Cada vez mais ansiosos por consumir e por obter os bens materiais que nos conferem status e sucesso, aumentamos nossos horários de trabalho para além do saudável, acumulando serviços e subjugando nossa rotina ao cotidiano maçante dos papéis e reuniões nada prazerosos. Sobram-nos, assim, míseros minutos para desfrutarmos do que podemos comprar e de quem faz toda a diferença em nossa jornada. E, assim, muitas vezes não encontramos tempo para relacionamentos amorosos.

A nossa própria companhia pode ser maravilhosa

No entanto, estar sozinho não é necessariamente algo ruim, muito pelo contrário. O tempo que gastamos conosco é precioso e deve fazer parte de nosso dia a dia caso não queiramos nos perder em meio à frieza das companhias interesseiras. Quando reservamos um tempo para nós mesmos, somos capazes de refletir com clareza sobre o que estamos ou não fazendo de nossas vidas. E isso nos provoca mudanças positivas, trazendo-nos segurança.

É preciso, portanto, que gostemos de nós mesmos ao ponto de jamais sentirmos solidão, pois o amor próprio nos afasta de qualquer tristeza, visto que estaremos inteiros, completos e satisfeitos com o que somos. É preferível estarmos sozinhos, mas seguros e confortáveis, a ficarmos acompanhados por quem não nos completa, não traz verdade nem inteireza. Bastar-se a si mesmo é o primeiro passo para não se entregar a relacionamentos tóxicos.

Num mundo em que os interesses desatrelados de afetividade reinam soberanos, não é difícil nos depararmos com pessoas que se aproximam apenas movidas por desamor.

Não podemos aceitar nada que não se embase pelo amor, por sentimentos sinceros, por desinteresse material

Para tanto, precisaremos nós também nos desapegarmos da supervalorização das posses, para que alguém possa ficar e fazer morada junto a nós de corpo e alma.

Ao nos conhecermos bem, não permitiremos que ninguém coloque em dúvida nossas certezas. Afinal, dessa forma estaremos felizes e cheios de amor para dividir, mesmo que seja com ninguém mais do que nós mesmos.

Prof. Marcel Camargo

Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.

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