Só quem passa pela tempestade agradece o tempo de calmaria. Não devemos jamais desistir de nós mesmos.

Nós somos o tempo, o espaço, a visão do que temos dentro de nós mesmos. Precisamos estar atentos, precisamos estar presentes, precisamos nos dar esse cuidado.

Vivemos cansados, estressados, ansiosos.

Vivemos em um mundo onde poucos nos veem.

Muitas vezes vivemos dentro de nossas prisões emocionais alimentando nossas dores, aumentando nossas feridas, buscando culpados para o que vivemos, ao invés de sairmos dessa caixa de pensamentos, ao invés de mudarmos o foco para algo mais consciente e mais feliz.

As plataformas digitais, os afastamentos, as conversas que não se olham nos olhos, a futilidade e o padrão exigido, por vezes gera frustração em quem não consegue lidar com a a própria autoestima, com a própria identidade emocional.

Somos o que somos.

E somos porque viemos ao mundo para fazer diferença na vida. Não importam quantos dedos nos apontem, quantos defeitos nos mostrem, o quanto nos impeçam de respirar.

Pessoas tentarão incutir em nossas cabeças nossos fracassos, nossos medos, nossos desesperos como se fôssemos simples coadjuvantes de nós mesmos. Mas somos protagonistas da nossa vida. Somos donos da nossa história, donos dos nossos atos e das nossas palavras.

Devemos nos amar assim. Como nos vemos, como nos enxergamos, como nos comunicamos com o mundo interno, tudo isso influenciará no nosso mundo externo.

Precisamos saber aproveitar mais a vida, precisamos parar de vez em quando, e ir em busca de respiro e equilíbrio.

Precisamos nos esclarecer, indo a fundo dentro daquilo que não conseguimos expor e sentir, como forma de curar o nosso coração, por vezes, tão afastado de nós mesmos.

Mas travamos, não temos coragem de nos revelar, não temos compreensão da gravidade a que nos sujeitamos quando adoecemos a alma, e o nosso corpo passa a sentir os efeitos desses sentimentos mal resolvidos.

Precisamos buscar terapias alternativas para que possamos continuar tratando de nossas vidas com mais calma e sensatez no peito.

Precisamos de amor, de luz, de momentos com pessoas que nos resgatem das tristezas e dos malfeitores do tempo.

Precisamos dessa proximidade, aprendendo a confiar em nós mesmos, cedendo aos poucos desfazendo nós, derrubando muros internos, avançando mais um passo para a vitória merecida.

Às vezes, sentimos o choro vindo, sem saber por que, sentimos o vazio pulsando, sentimos a dor flutuando como se fôssemos nos perder ali.

Só quem constrói uma força interna, uma força com direito a tentar passar por mais uma fase, reabre o olhar e não se submete ao labirinto, à sensação de não sair do lugar.

Nós somos o tempo, o espaço, a visão do que temos dentro de nós mesmos.

Precisamos estar atentos, precisamos estar presentes, precisamos nos dar esse cuidado.

Por vezes o caminho é minado, por vezes ele tem cheiro de flor. Vivemos entre os dois lados, mas devemos nos tornar nossos aliados.

Só quem passa pela tempestade agradece o tempo de calmaria. Não devemos jamais desistir de nós mesmos! Precisamos do que temos de melhor. Precisamos aprender com nossos enganos, com tudo que passamos.

Não somos perfeitos. Se fôssemos, com certeza não estaríamos mais aqui.








Sou Paulista, descendente de Italianos. Libriana. Escritora. Cantora. Debruço-me sobre as palavras. Elas causam um efeito devastador em mim. Trazem-me â tona. Fazem-me enxergar a vida por outro prisma. Meu primeiro Livro foi lançado em Fevereiro de 2016. Amor Essência e Seus Encontros pela Editora Penalux. O prefácio foi escrito pelo Poeta e Jornalista Fernando Coelho. A orelha escrita pelo Poeta e jornalista Ivan de Almeida. O básico do viver está no simples que habita em mim.