Atualmente, no mundo dos relacionamentos, existem novas formas de definir um relacionamento. A geração Z, aqueles nascidos entre meados dos anos 90 e 2010, está popularizando um novo modelo de relacionamento: a situationship.
E não, isso não é apenas mais uma fase. É uma escolha consciente de quem quer viver conexões reais, mas sem pressão.
O que é uma “situationship”?
O termo mistura as palavras situation (situação) e relationship (relacionamento), e descreve aquela fase indefinida entre amizade e namoro. Sabe quando você está saindo com alguém, existe intimidade, conexão, mas ninguém colocou um rótulo na relação? É exatamente isso.
Diferente de um namoro tradicional, a situationship não exige exclusividade, promessas ou planos a longo prazo. Ela se molda ao momento de vida dos envolvidos e é justamente isso que atrai tantos jovens hoje.
Por que esse tipo de relação faz tanto sentido hoje?
A geração Z cresceu em meio a crises econômicas, mudanças climáticas, pandemia, instabilidade emocional e redes sociais que mudaram a forma como nos conectamos.
Portanto, com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, muitos jovens decidiram investir em outras áreas de sua vida. O foco está em sua estabilidade pessoal, carreira e autoconhecimento.
Além disso, o estilo de vida mais fluido e conectado, onde morar em cidades diferentes, viajar com frequência e mudar de planos é cada vez mais comum, torna os relacionamentos convencionais menos viáveis.
Vantagens (e desafios) de viver uma situationship
Embora a situationship seja uma forma mais leve e realista de viver o amor. Sendo possível ter afeto, relação íntima e companhia, sem abrir mão da liberdade.
Muitos revelam que esse tipo de relação pode gerar inseguranças, principalmente quando os dois envolvidos têm expectativas diferentes. Quando um quer avançar e o outro prefere manter tudo como está, surgem os conflitos e o risco de alguém sair machucado aumenta.
A geração Z e o amor sem rótulos
Essa nova forma de se relacionar também reflete uma mudança cultural: jovens estão rejeitando a ideia de que só existe uma maneira “certa” de amar. Em vez de seguir o “roteiro” clássico (ficar, namorar, noivar, casar), preferem construir conexões com mais flexibilidade e diálogo.
Nas redes sociais, vídeos com a hashtag #situationship acumulam bilhões de visualizações. Desse modo, mostra que não se trata de um comportamento isolado, mas de um movimento real.
A geração Z está reescrevendo as regras do amor — e está tudo bem com isso.
E se for pra durar?
Nada impede que uma situationship evolua para um namoro. No entanto, se não for o caso, tudo bem também. O importante é que exista clareza, respeito e alinhamento entre as partes. O foco não é o destino, mas o caminho.
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