Será que é possível superar a dor quando sofremos uma violência?

A dor que fica após um acontecimento traumático de abuso e violência é profunda, especialmente se aconteceram na infância. Na primeira fase adulta, também causa profundos transtornos emocionais se não receberem o tratamento profissional devido, pois essa dor, continuará a afetar os seus relacionamentos subsequentes.

Quando o abuso acontece na infânica, o registro fica armazenado no cérebro na perspectiva de uma criança, e mesmo na fase adulta, essa criança ferida, continua a exteriorizar a dor com uma compreenssão infantil que a deixa vulnerável a sofrer novos abusos.

Crianças e jovens adultos não conseguem processar a dor porque não possuem um amadurecimento emocional, a tendência é que elas se sintam culpadas e envergonhadas, o que as leva a internalizar mensagens negativas a respeito de si mesmas.

O diálogo interno se torna duro e ditatorial, e o amor-próprio fica adoecido. As memórias de dor se repetem como se estivessem vivas no presente.

Evitar pensar no que aconteceu é uma dinâmica de proteção que, em vez de ajudar, prejudica a vida da vitíma porque ela sente que precisa viver em constante luta para evitar os sentimentos negativos que essas memórias causam.

Reviver a dor é extremamente doloroso. A vítima, muitas vezes, escolhe ficar em silêncio, e acaba perdendo a vontade e a alegria de viver.

Porém, o aconselhável para quem sofre uma situação de violência é falar sobre o assunto até que se esgote as palavras, é se abrir para entender os próprios sentimentos. Sem isso, a dor sempre será revisitada e a cada nova lembrança inconsciente, ela fica mais forte.

Falar sobre o assunto, por mais duro e sofrido que possa parecer, nos ajuda a reavaliar os fatos de um ponto de vista mais maduro e objetivo. Isso significa que, ao falar sobre a dor, e expor essa dor ao mundo, poderemos nos ajudar e ajudar outras pessoas que enfrentaram as mesmas angustias emocionais, físicas e mentais.

Essa escolha ajuda a superar essas mensagens negativas que a memória traz, e a transformar a violência sofrida, em colaboração e alerta a outras pessoas que podem estar enfrentando situações parecidas ou piores e não sabem como lidar com o sentimento diacerante que se instala em uma vítima de violência.

É possível superar a dor de ter sofrido uma violência, mas não é simples nem fácil, para recuperar a vontade de viver é preciso fazer um movimento de amor com a dor, é preciso usar a dor para levantar uma bandeira que tenha o poder de transformar a realidade atual, e ajudar outras pessoas, além de si mesmo.

Assim fez Maria da Penha, por exemplo, depois de sofrer uma violência desumana, a sua exposição ajudou a criar a lei Maria da Penha que, posteriormente, contribuiu para proteger milhares de mulheres. É claro que a sua dor não foi apagada porque não existe borracha emocional, mas foi amenizade e ressignificada. Hoje ela sente que a sua dor serviu para proteger e salvar uma quantidade enorme de mulheres que se encontravam em situação de risco de vida.

Se você precisa de ajuda para superar uma dor depois de uma violência, me chame no direct @rhamuche, a terapia salva vidas.

*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, terapeuta transpessoal e Constelador Familiar.

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Robson Hamuche é Terapeuta transpessoal com especialização em constelação familiar, compõe a equipe de terapeutas do Instituto Tadashi Kadomoto (ITK). É também idealizador e sócio-proprietário do Resiliência Humana, grupo de mídia dedicado ao desenvolvimento humano, que reúne informação de qualidade acerca de todo o universo do desenvolvimento pessoal, usando uma linguagem leve e acessível.