Qualquer atitude que resolvermos tomar, incluirá, necessariamente, a coragem.

As muitas decepções, nos fazem, tantas vezes, pensar se devemos ou não declarar nossos sentimentos no relacionamento que estamos. Esse receio vem de ambas as partes. Mas sempre se pensa que se deve esperar que o outro dê o primeiro passo.

É fato que alguém terá de fazê-lo se quisermos que o relacionamento prossiga. Se eu me “seguro” e o outro também, jamais saberemos em que pé está a situação.

Há que se ter coragem para tomar a decisão, já que as pessoas frequentemente se assustam com a possibilidade do relacionamento se tornar sério e gerar as cobranças naturais de um compromisso.

O medo estará sempre presente.

Que bom! O medo nos preserva e, se ele não existisse, não existiria a necessidade de termos coragem que é a grande manivela da vida. Nada funciona sem ela.

Qualquer atitude que resolvermos tomar, incluirá, necessariamente, a coragem.

A presença do medo nos dá o alerta de que podemos ser malsucedidos e isso nos prepara antecipadamente para o choque.

Então, será que devemos recuar e não falar nada? Não! Isso é um engano que muitos cometem.

Imagine a cena de uma enorme piscina. Você, tomado de coragem, vence seu medo e vai até a plataforma mais alta para saltar de lá, enquanto o outro senta na beira da piscina e apenas molha os pés.

É fato que você terá a emoção do salto, enquanto o outro apenas olhará você.

Muitos podem pensar que o que ficou à beira da piscina foi melhor sucedido, pois não experimentou o medo, mas pense também que ele não usufruiu de um momento que poderia ter lhe dado uma experiência e uma satisfação imensa e que seria motivo de uma lembrança divertida e gostosa. O que ele terá para dizer no futuro?

Assim são os relacionamentos.

Quem se joga, pode passar por medo, por receio de não ser correspondido, mas terá a experiência, enquanto o que não se joga, não tem nada, nem mesmo o que falar de você, pois as palavras de alguém, só podem nos atingir quando ele passou pela mesma situação, caso contrário, são dispensáveis por não terem a base da experiência que as sustentaria.

Só saberemos se valeu a pena a declaração de amor que fizemos se, efetivamente, a fizermos ou jamais saberemos o final da história. Jamais saberemos se seria um “felizes para sempre”!








Escritora, poeta e compositora, com participação em antologia de poesia publicada e músicas gravadas.