Respeitar os momentos a sós. Talvez seja esse o segredo. Aceitar os processos da alma e do coração e viver bem, dentro da própria libertação.

Talvez o momento seja mesmo de recolhimento e de novos entendimentos. Mesmo que pareça distante, exitante quanto aos relacionamentos, este é o momento do meu mergulho, do meu encontro, de colher os frutos.

Estar em paz, e comigo mesma é um mecanismo natural para não dispensar energia que não seja para aquilo que faça o meu voo valer a pena.

Preciso dos meus cuidados, dos meus olhares, do meu atendimento. Minha presença em realizar tudo aquilo que me botei à prova e sei que posso realizar.

Não há nada mais que eu possa fazer nesse momento senão focar – estar em mim, me cobrir de zelo, de olhares atentos.

Me preencher de amor, me apoiar e acolher. Forças que vou encontrando, na conexão do meu ser.

Vou sentindo então que sim, tenho mais garra que o costume. Mais força que imaginei. Me reabasteço na natureza mãe e no sol pai que acompanham minhas primaveras e meu desabroxar.

Me nutrem e iluminam quando preciso também invernar.

As zonas do conforto, (por que não confronto?) eu amarrei e lancei no abismo. Elas não trazem calma, trazem é pergio.

Por isso, vivo me arriscando, metendo a cara fazendo planos. E é neste momento que estou em mim! Sentindo o fluxo do tempo, da vida, e de tudo que ainda tem pra chegar até mim.

O acolhimento é essencial. Só quem vive uma jornada de busca sabe que muitas vezes é preciso se perder para se encontrar. E quando o encontro ocorre, queremos mesmo é viver dentro deste lugar onde reside paz, o silêncio que faz clarear.

Respeitar os momentos a sós. Talvez seja esse o segredo. Aceitar os processos da alma e do coração. Viver bem, dentro da própria libertação.








É jornalista, atriz e tem a comunicação como aliada. Escritora por natureza, tem mania de preencher folhas brancas com textos contagiados por suas inspirações.