Rachel Sheherazade: “Pessoas com alto QI costumam se isolar e sofrer preconceitos”, diz especialista.

Pessoas com cognição acima da média costumam ser isoladas e sofrer preconceitos, afirma o psiquiatra Dr. Flávio H.Nascimento.

O reality show ‘A Fazenda 15’ trouxe uma série de surpresas ao público, sendo uma das principais, a presença da jornalista Rachel Sheherazade, que foi âncora do SBT Brasil entre 2011 e 2020 e ficou conhecida pelas suas fortes opiniões políticas.

Rachel vem sendo uma das participantes do programa que está gerando mais comentários entre os telespectadores do reality. Muitos acham que ela seria muito culta para participar de um reality como esse.

Bastou um primeiro posicionamento da jornalista para as críticas dos participantes ficarem mais evidentes. As falas negativas vieram quase que de imediato e revelaram um forte preconceito diante da sua postura, para muitos, “esnobe”, para outros “prepotente”, bem como, pela forte oratória e raciocínio lógico da jornalista.

Uma das participantes, conhecida como Cariucha afirmou sobre Rachel “Ela se acha, ela fala difícil [..] a gente não entende […] ela tem que falar a língua do povo, a língua da gente […] Ela vai ter que falar a língua do povo, não adianta vir com essas palavras difíceis e bonitas”.

De fato, Rachel fala difícil, mas segundo o psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento, para um superdotado, que possui 131 pontos de QI (percentil 98), esse tipo de apontamento é muito comum no dia a dia porque faz parte das suas habilidades mais evidentes.

“Nós vivemos em uma sociedade onde a pessoa inteligente é estimulada a disfarçar essa característica, pois é vista como um estranho, prepotente ou até uma ameaça aos demais. Muitos até procuram esconder essa aptidão para ser aceito socialmente”, explicou o psiquiatra.

Uma pessoa inteligente, não devia ter que esconder a sua habilidade cognitiva para ser aceito socialmente, já que é essa habilidade que pode contribuir com o mundo e trazer inovações importantes para todos.

“O mais impressionante é que a participante recebeu muitas críticas por sua boa oratória e capacidade de raciocínio. Muitas vezes, quando pessoas de alto QI encontram-se, há uma conexão imediata e prazerosa pela necessidade de aprendizado constante e humildade por entenderem que a inteligência é limitada”, ressalta.

Criticar a inteligência de alguém é contribuir para a ignorância e exaltar a chamada “massa de manobra”, ou seja, é colocar em evidência pessoas que reproduzem pensamentos de “manada”. Expressão muito usada dentro da casa pela jornalista, que também vem sendo distorcida por outros participantes que não conseguem entender o verdadeiro sentido da expressão.

“Esse é um pequeno reflexo da nossa cultura. Por exemplo, a pandemia recente mostrou como a ciência é fundamental para a sobrevivência da humanidade, logo, é essencial que sejam estimulados o respeito por todas as pessoas e o desenvolvimento da nossa cognição”, afirma Dr. Flávio H. Nascimento.

Porém, em vez de admirar a inteligência e se unir no aprendizado, muitos da casa e fora da casa, preferem bater palmas para a burrice. Esse comportamento reflete uma completa distorção do que realmente importa e da verdadeira contribuição social que as pessoas com alto QI trazem ao mundo.

Devemos rever nosso posicionamento de preconceito ao conhecimento se quisermos avançar e evoluir enquanto espécie, pois, se os inteligentes forem excluídos, o que será da humanidade?

O INFLUENCIADOR fELIPE NETO, RECENTEMENTE, DEIXOU SUA OPINIÃO SOBRE A EVOLUÇÃO DE PENSAMENTO DA JORNALISTA EM SEU TWITER, LEIA O QUE ELE ESCREVEU:

*DA REDAÇÃO RH. Entrevista concedida por Dr. Flávio H. Nascimento – Dr. Flávio Henrique é formado em medicina pela UFCG, com residência médica em psiquiatria pela UFPI e mais de 10 anos de experiência na área de psiquiatria. Diagnosticado com superdotação, tem 131 pontos de QI o que equivale a 98 de percentil e é membro do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito como pesquisador auxiliar.

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