Domingo de Páscoa, que o dia da ressurreição de Jesus possa ter o significado de renascimento da esperança para todos nós, que estamos vivendo um período fúnebre de isolamento em virtude da conscientização da gravidade da pandemia do coronavírus, e que consigamos nutrir essa esperança todos os dias.

Durante a quarentena estamos nos sentido inseguros. Estamos com medo. E a ressurreição de Jesus deve ser o momento para que alimentemos o renascimento da esperança em nós.

Nunca passou por nossas cabeças vivenciar uma pandemia do tipo da Peste Negra dos livros de história.

Jamais pudemos imaginar o quanto é sofrido e desgastante momentos como esses que parecem nunca acabar.

Estamos nos sentindo tolhidos da rotina normal e diária de trabalho e é esse que proporciona a dignidade do ser humano, pois é ele que nos dá o meio necessário para a subsistência e sobrevivência.

Estamos sentindo falta do calor humano, do abraço apertado, do beijo carinhoso, da cordialidade do aperto de mãos.

Estamos com saudades da mesa de refeições com a família toda reunida.

Estamos sentindo falta de comemorar os aniversários, de passear no parque, da academia, dos amigos, dos colegas de serviço, das viagens, das corridas em turma, do comércio aberto com suas constantes novidades, das ruas cheias, do trânsito, do horário a seguir, do nosso ambiente de trabalho com toda a infraestrutura necessária.

Estamos sentindo falta do bom dia, boa tarde e boa noite seja lá de quem seja.

Os noivos já não vêem a hora de oficializarem a união.

As mamães grávidas estão ansiosas à espera do chá de bebê e da festa de revelação do sexo do bebê, pois é um momento ímpar em suas vidas.

Estamos sentindo falta da vida normal, da correria do dia-a-dia.

São tantas coisas importantes que passam batido sem receber o seu devido valor.

Com tudo isso acontecendo é nítido que todos nós somos como uma engrenagem ligada à outra e que para funcionar bem todas tem que funcionar bem também.

Se uma falhar, influencia as demais que começam a falhar até parar totalmente.

E como a união faz a força, que possamos fazer uma corrente de fé para que todos fiquem firmes, fortes e confiantes de que logo logo a tempestade irá passar e teremos a dádiva de ver o arco-iris do nosso renascimento.

Logo, tudo voltará a ser como antes, com a diferença de que iremos dar mais valor a tudo que passava despercebido em nossas vidas.

O nosso renascimento será a nossa prova de amor e de esperança no dia da ressurreição de Jesus.








Idelma da Costa, Bacharel em Direito, Pós Graduada em Direito Processual, Gerente Judicial (TJMG), escritora dos livros Apagão, o passo para a superação e O mundo não gira, capota. Tem sido classificada em concursos literários a nível nacional e internacional com suas poesias e contos. Participou como autora convidada do FliAraxá 2018 e 2019 e da Flid 2018.