Quando perdemos alguém que amamos de repente é como se nos faltasse o chão!

Estamos atados as horas da vida, esse desenlace do tempo sobre nós, só se realiza com a finitude. Quem fica, tem que aceitar e suportar que uma parte sua se foi naquele momento.

Quando perdemos alguém que amamos, a gente se perde, momentaneamente. A gente se sente fragmentado e desmotivado, parece que a vida perde o sentido.

A primeira impressão é que perdemos o chão. A gente tenta encontrar um lugar seguro, mas os pés afundam e a nossa vontade é ficar ali, no buraco onde a vida nos colocou.

A gente fica procurando o chão, mas não acha e, esse desespero de cair sem saber até onde essa dor vai nos levar, não nos permite descansar por nem um momento.

Talvez sejam os pés que nos falte, não o chão, ou o caminho à frente que foi bloqueado e por isso, não conseguimos mais andar.

Não há chão, nada nos conforta, o choro não traz alívio, somente o cansaço, a dor de cabeça, e a falta de esperança no futuro.

A dor de perder quem amamos é apenas sentida! Não existe explicação. Nessas horas, as palavras não encontram força, sentido, nem significado, simplesmente, nada faz com ela acabe… A não ser o tempo… Quem perde alguém que ama, segue amputado emocionalmente pela vida afora.

A única prótese que se encaixa e pouco a pouco preenchendo esse vazio é o amparo certo e, muitas vezes, silencioso, de quem ainda permanece aqui.

O amor amigo é abrigo, o abraço é morada certa onde tudo recomeça, não da mesma maneira, diferente.

Geralmente, o chão se abre quando não conseguimos enxergar que, ainda existem outras pessoas do nosso lado, ou que estão dispostas a nos acolher.

Não que isso vá amenizar a dor, não ameniza, mas conforta.

A única coisa que faz o chão voltar a parecer firme é a aceitação de que a morte é a certeza da vida e que todos temos um tempo por aqui, nem mais, nem menos, apenas o tempo de cada um.

Quando isso é aceito a gente percebe que, o caminho e o chão sempre estiveram ali, no mesmo lugar, mas os nossos pés, não podem tocar o que os olhos não enxergam. E a falta de aceitação deixa a nossa vista embaçada.

Em um momento inevitável de perda, em vez de perder o chão, ganhamos asas. Isso se olharmos para essa perda com aceitação.

São as perdas que nos fazem ampliar os nossos horizontes! São as dores que rasgam a alma para caber mais vida dentro! Mas ninguém quer passar por uma perda, a gente nunca deseja se separar daqueles que amamos.

Porém, inevitávelmente, sempre haverá uma partida, a morte faz parte da vida. Mas também sempre haverá alguém com quem poderemos contar. Isso se abrirmos as nossas asas.

Alguém que tenha luz no coração, que carregue brilhe no olhar, para iluminar os olhos que se nublaram pela dor…

Alguém que nos fará olhar para a vida com outros olhos, só assim o percurso pode ser retomado.

Se houver amor, há sempre a chance de recomeçar. Ainda que seja o amor próprio, o auto amor e o valor pela própria vida.

Nós seguimos trocando de lugar, um dia alguém parte e nós choramos, lá na frente nós partiremos e deixaremos alguém a chorar por nós.

A roda da vida não para, é a gênese do tempo, chegadas e partidas.

Somos filhos do tempo, o tempo nos dá a vida e, ele mesmo, tira.

A dor nos tira o chão, mas o amor nos devolve a estrada.

*DA REDAÇÃO RH. Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: [email protected]

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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.