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Quando não podemos nos abraçar nos sentimos frágeis e carentes

Quais benefícios o ato de abraçar pode trazer à saúde física, mental e emocional? 

Os benefícios e malefícios dependerão da intenção contida no abraço.

As intenções são decifradas pelo cognitivo do recebedor do abraço que acaba por distingui-lo.

Um abraço de agradecimento ativa o hormônio da satisfação.

Um abraço de amor o hormônio do amor.

Ou seja, o tipo de sentimento depositado no abraço é o que vai determinar qual hormônio iremos produzir em maior ou menor quantidade.

Quando o aumento da produção desses hormônios da emoção acontece, melhoramos a nossa saúde mental e também prolongamos esses momentos na memória já que a emoção é essencial para uma melhor memorização.

Como funciona a liberação da oxitocina?

É o que chamam de hormônio do amor. Eu chamo de ‘hormônio da empatia e suas nuances’ pois são as variantes da satisfação, recompensa e conquista. Ele define o amor, a amizade, o prazer, o bem-estar, a recompensa, a atração e o desejo. A sua produção é necessária para que sempre possamos buscar essas recompensas que são essenciais para a sobrevivência.

Por que em situações em que não podemos abraçar nos sentimos frágeis e carentes?

Porque abraçar pode trazer conforto e uma sensação de segurança. Quando nascemos somos abraçados pelos nossos pais e acolhidos no peito da mãe. Há este contato desde o nascimento e quando nos sentimos desamparados, retrocedemos inconscientemente a este momento em busca de uma solução.

Como suprir a ausência de um abraço? 

O que não temos, compensamos! Nada está perdido! Na falta do abraço, nós podemos tentar suprir essa necessidade com outras ações que forneçam os mesmos benefícios.

A necessidade de carinho que pede um abraço é algo que acontece a partir de quando? (na barriga, amamentação, na infância)

Desde que nascemos. Está impresso em nosso código genético. Faz parte do nosso instinto de sobrevivência a produção de hormônios que nos deem estímulos para seguir adiante.

A falta do contato físico pode causar reações mais graves nas pessoas? 

Tudo o que é cortado da nossa linha cronológica nos causam danos.

Em nosso código genético está impresso tudo o que vivemos desde o nosso nascimento.

Tudo o que cortarmos deste cotidiano ancestral nos causarão danos. A falta reflete em tristeza e solidão pois implanta em nosso inconsciente uma necessidade são suprida.

Do ponto de vista psicanalítico, se as pessoas ficarem muito tempo isoladas, elas podem perder o desejo de contato físico e se adaptarem a viverem mais “sozinhas”?

Não totalmente. Como disse anteriormente essa necessidade está impressa em nosso código genético.

O que pode acontecer é a pessoa se adaptar a uma nova realidade e optar por não buscar mecanismos para suprir essa falta e sofrer as suas consequências.

Somos seres adaptáveis, mas sofremos com a adaptação e demoram ciclos e ciclos de vidas para nos adaptarmos a elas.

Elas poderiam substituir os desejos e aliviar assim a tensão causada pela falta; mas nem todas teriam este cognitivo desenvolvido a ponto de conseguir buscar este equilíbrio sozinhas, a maioria precisará de uma ajuda profissional.

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
E-mail: deabreu.fabiano@gmail.com

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Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.

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