O fato de irmãos pararem de falar uns com os outros costuma ser uma circunstância particularmente dolorosa.

Desentendimentos, personalidades diferentes, decepções … São muitas as causas que podem gerar desentendimentos. Agora, se for nosso desejo, o que podemos fazer para reverter a situação?

Quando os irmãos adultos param de falar

Quando irmãos adultos param de falar uns com os outros, eles passam por um sofrimento profundo. Por mais surpreendente que pareça, é um acontecimento frequente, uma realidade triste mas comum, em que o rompimento dos laços fraternos deixa vazios inevitáveis ​​e desconfortos permanentes.

Raivas, desentendimentos, rumos diferentes … São muitas as causas por trás dessas situações.

O próprio fato ainda é intrigante.

Do ponto de vista social, o vínculo entre irmãos é visto como uma instituição, como algo indissolúvel. De fato, muitas pessoas têm nestas figuras o seu apoio cotidiano e aquela referência habitual para partilhar confidências, problemas e momentos enriquecedores.

A distância que às vezes se estabelece entre pais e filhos é frequentemente discutida. Ter passado por uma infância traumática costuma ser o gatilho mais comum para essa decisão. Agora, … e os irmãos? Como eles podem se tornar “inimigos de sangue” do dia para a noite? Nós o analisamos.

O psicólogo Daniel Shaw da Universidade de Pittsburgh, um especialista em relacionamento entre irmãos, observa que as pesquisas sobre esse tópico são escassas. Em média, essas relações são geralmente consideradas boas ou pelo menos aceitáveis. Socialmente, a ideia clássica de que a família é um pilar indestrutível ainda se mantém, mas a realidade, às vezes, pode ser bem diferente …

Assim, parece que o fato de irmãos adultos deixarem de se falar é algo problemático, algo de que não se fala demais. No entanto, é uma situação que ocorre com mais frequência do que pensamos. Além do mais, há quem o cale, transformando-se naquela ferida de que não se quer falar e que se esconde dos conhecidos.

Rivalidades e conflitos se arrastaram por anos

A rivalidade entre irmãos é um fenômeno comum. Às vezes, pode acontecer que um irmão seja o preferido dos pais e isso acaba sendo origem de distâncias, frustrações e múltiplos problemas. Na idade adulta, é comum ocorrer um distanciamento.

Por outro lado, também podem ocorrer situações de conflito que marcam um antes e um depois. Longe de serem desavenças específicas, na verdade, são acontecimentos que se arrastam por anos, demonstrando que as brigas na infância com os irmãos são comuns.

Personalidades incompatíveis

O fato de duas pessoas terem laços de sangue tão fortes não significa compatibilidade ou facilidade de estabelecer um relacionamento fluido.

A genética não determina o mesmo caráter, os mesmos valores, princípios e traços de personalidade. Isso nos faz freqüentemente encontrar irmãos claramente incompatíveis. Algo assim já se verifica na infância e na adolescência, mas é ao chegar à idade adulta que surgem as diferenças mais evidentes; às vezes intransponível.

O estilo de vida escolhido, hobbies ou parceiros marcam territórios existenciais e ideológicos díspares que acabam com a distância gradual.

Rancores familiares (o que eu fiz pela família e você não)

Quando os irmãos adultos param de se falar, o que pode ter causado isso é o ressentimento.

Uma das origens dessa emoção devastadora é o que entendemos como um “investimento familiar”. Em outras palavras, às vezes podem surgir disputas e diferenças quando um dos pais está doente.

Um dos irmãos é quem cuida desse pai ou mãe dependente. O outro irmão ou irmãos não assumem a mesma colaboração e isso leva a discussões e às vezes problemas insuperáveis.

A mesma coisa acontece quando irmãos saem de casa e formam sua própria família.

Alguns passam mais tempo em contato com os outros membros se esforçam para servir, para colaborar, para atender .. . Outros, por outro lado, assumem uma atitude mais despreocupada e esta é a fonte dos problemas.

O que fazer quando o relacionamento entre irmãos começa a se distanciar?

Às vezes, reconciliar irmãos pode ser mais problemático do que conseguir uma reaproximação pai-filho. Às vezes, há eventos que são muito difíceis de administrar, como o fato de haver um “favorito da mamãe” ou um “favorito do papai”. Também que temos aquele irmão cuja personalidade torna quase impossível falar, raciocinar, chegar a acordos.

São, sem dúvida, situações de excessiva dificuldade, mas em muitos casos, quando irmãos adultos param de se falar, o apego continua existindo. Portanto, ainda há esperança de reconciliação.

As estratégias que devemos considerar são as seguintes:

Vamos nos concentrar no presente.

Se quisermos retomar o relacionamento com nossos irmãos, é preciso aceitar e perdoar os acontecimentos do passado – perdoar o outro e perdoar a nós mesmos. Viver no aqui e agora para recomeçar.

Vamos controlar as expectativas.

Às vezes, esperamos muito dos outros e principalmente de nossa família. Ter o mesmo sangue não impõe nada, não somos obrigados a ser, agir ou responder de determinadas maneiras. Isso é algo que devemos entender.

Vamos relembrar as boas lembranças, são pontos de partida para recomeçar.

Esta é uma boa estratégia que nos permite ter em conta aquele passado em que partilhamos coisas sendo cúmplices, em que as emoções nos uniram e fomos felizes.

Com vontade e maturidade, podemos reiniciar esses sentimentos e nos dar novas oportunidades.

Para concluir, tentemos sempre, na medida do possível, reparar esta situação.

A ferida que o distanciamento com um irmão costuma deixar é permanente e profunda. Curar esse vínculo é sempre um bom investimento.

*Da REDAÇÃO RH. Com informações La Mente es Maravillosa

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