Comportamento e Psicologia

Quando for se arrumar, arrume-se para si mesma, não só para ele

“Sim, naquela noite eu me arrumei toda, coloquei o meu melhor vestido, caprichei na maquiagem, tudo pensando em você. Eu me imaginava chegando e você me pegando nos braços, enquanto eu calçava minha sandália… criei você me desejando enquanto eu passava meu batom… Naquela noite eu me arrumava para você, não para mim. Este foi meu erro.
Brigamos naquela noite, você não me olhou e eu fiquei sozinha, destruída por dentro, enquanto voltava para casa e caía sobre minha cama em choro.”

Não vou dizer que as outras mulheres se arrumam todas, não para elas mesmas, mas sim para impressionar alguém, marido, namorado, pretendente. Eu também já me vesti para o “ataque” e enquanto me arrumava e me olhava diante do espelho, eu só criava a imagem dele deslumbrado ao me ver.

Já fui tola ao pensar que se não deu certo é porque eu não estava linda o suficiente, arrumada o suficiente e isso sempre me deixou devastadoramente insegura. Eu fiz errado. Fiz tudo errado.

Com o tempo, com o amadurecimento, entendi que a maior besteira é a mulher se arrumar para “causar” algo no outro e não nela mesma.

Vestir-se para impressionar outras pessoas que não a si mesma diante do espelho! Colocar uma lingerie maravilhosa para sair e ser incapaz de usar a mesma lingerie divina para ficar consigo, em casa, em uma noite comum de calor.
Vermelho para o namorado, bege para ela mesma. ERRADO!

Claro que vestir-se bem para estar ao lado da pessoa que está a fim é ótimo, genial e faz parte de ser uma mulher mais segura e bonita. Mas vestir-se SOMENTE para o outro, gera uma frustração absurda em algum momento da relação ou da vida.

Quando você compra aquele vestido para você, porque você quer se sentir mais bonita naquela noite, fará com que, automaticamente, todos achem-na bela e plena, porque, antes de esperar que o outro a ache incrível, você mesma se encarregou de se achar incrível!

Já parou para pensar que na noite em que se vestiu para o cara que estava a fim e ele não reconheceu seu empenho, e você começou a se achar pouca coisa, outra pessoa pode ter te achado maravilhosa?

Pois é! Mas você nem viu. Estava preocupada demais em agradar aquele outro, que se esqueceu que precisava se agradar.

Quando saímos de casa felizes com o que estamos vestindo, confiantes com nossa imagem perante o espelho, tiramos olhares de TODAS as pessoas, sejam elas mulheres, homens, golfinhos ou o cara que queria encontrar, mas que nem pensava em impressioná-lo já que, naturalmente, você já causa essas impressões.

Então, nada de depilação perto daquele encontro casual, nem de fazer as unhas só quando o gato diz que virá. Arrume-se sempre! Não para os outros, mas sim para você, para que se sinta bela, confiante, PLENA.

Esse é um passo importantíssimo para o amor-próprio, para o autoconhecimento, para sua autoestima.

Devemos nos lembrar sempre de que viver para agradar outras pessoas só nos causa frustrações e inseguranças, e isso nós não queremos! É ruim demais e causa um sofrimento horroroso que eu não desejo para amiga nenhuma.

Pare de se preocupar em impressionar aquele homem ou aquela mulher! Dá a entender que tudo o que você faz é pensando na pessoa e nunca em você mesma, entendeu? Isso não pode!

Está linda? Você está linda sim e para você, porque você quis estar assim e não há pessoa no mundo que a faça acreditar no contrário!

“Se naquela noite eu tivesse me vestido para mim mesma, tendo a certeza de que eu estaria maravilhosa, eu nem me importaria de não ter tirado o olhar dele. Eu saberia que ainda assim, eu era a melhor coisa que ele já conheceu e perdeu na vida.”

Cris Souza Fontes

Escritora, blogueira, amante da natureza, animais, boa música, pessoas e boas conversas. Foi morar no interior para vasculhar o seu próprio interior. Gosta de artes, da beleza que há em tudo e de palavras, assim como da forma que são usadas. Escreve por vocação, por amor e por prazer. Publicou de forma independente dois livros: “Do quê é feito o amor?” contos e crônicas e o mais espiritualizado “O Eterno que Há” descrevendo o quão próximos estão a dor e o amor. Atualmente possui um sebo e livraria na cidade onde escolheu viver por não aguentar ficar longe dos livros, assim como é colunista de assuntos comportamentais em prestigiados sites por não controlar sua paixão por escrever e por querer, de alguma forma, estar mais perto das pessoas e de seus dilemas pessoais. Em 2017 lançará seu terceiro livro “Apaixonada aos 40” que promete sacudir a vida das mulheres.

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