Não aprendi ouvindo. A vida me ensinou, de uma forma não tão carinhosa, que quanto mais a gente insiste em algo que, no fundo, sabemos que não vai dar certo, mais chances temos de nos machucar.

Ao escrever este texto, lembrei-me de uma situação que passei. Quando era mais nova, eu me apaixonei por um cara que dizia sentir o mesmo por mim. Mas sabe como é mãe, não é? Logo no início, ela percebeu que era cilada. Eu estava tão boba, que fui minha própria inimiga!

Conforme os dias foram passando, minha mãe me alertando. Mas vendei meus olhos e pus um tampão em meus ouvidos. Apostei todas as minhas fichas nessa paixão.

Quanto mais o tempo passava, mais eu me afundava em um mar de ilusões. Não é que minha mãe tinha razão? A única que saiu machucada nessa história fui eu. Queria fazer o jogo virar, quando, no fundo, sabia que nada do que eu fizesse poderia reverter a situação.

Aquela paixão estava indisponível, e tive que aceitar da maneira mais dolorosa possível. Criei expectativas onde não deveria.

A vida não pega leve quando precisa nos ensinar uma lição. De início, é difícil processar a dor, mas, quando as feridas são cicatrizadas, passamos a entender o que a vida queria nos ensinar.
Minha mãe sempre foi minha melhor amiga. Quando ela disse isso, queria me ver bem. Teimosa, não quis acreditar. Dizia a ela que sua afirmação era muito negativa. No fundo, eu sempre soube que a chance de sair machucada era grande. Mas sabe como é, a gente quer pagar para ver. E certas situações saem caras demais!

Lição número um: Independente de sua idade, quando sua mãe lhe disser algo, ouça. Mãe sempre sabe o que diz.

Lição número dois: Quando certas coisas são para acontecer, elas acontecem naturalmente. Você não precisa forçar a barra para conquistar alguém. Se a pessoa corresponder ao seu interesse genuinamente e estiver preparada, você a terá, sem esforço algum.

Lição número três: Se a pessoa disser que lhe corresponde, mas se mostra indisponível, não insista. Não basta os sentimentos existirem. A vontade de ficar junto deve ser maior.

E por fim, lição de número quatro: Seu cérebro deve estar em sintonia com seu coração. Não deixe que as emoções do momento falem mais alto. Se alguém lhe disser que é cilada, ouça.








Estudante de jornalismo, radialista por amor, escritora nas horas vagas. Adora das boas risadas, costuma passar os domingos de pijama assistindo filmes e séries. Apesar de não curtir baladas, é incapaz de recusar uma rodinha de violão, e para pra cantar junto. Mesmo desafinada, garante que é simplicidade em pessoa.