Disseram pra mim que primeiro, antes de mais nada, era preciso ser educada com os outros. Que era necessário colocar as outras necessidades a frente das minhas, que eu não era tão importante assim. E, como a maioria das mulheres, cresci me colocando sempre em último plano, pra “quando der” dar uma olhada nas minhas coisas. Mas, mesmo quando a gente aceita, a gente sabe que tem algo errado ali. Que as suas vontades são importantes, que seu tempo tem valor e que você também é gente, né? Primeiro, aprenda a se amar. Mas não voe tão alto para o seu amor próprio não soar como arrogância. Humildade também entra nessa equação, como uma parte importante no gostar de si mesma e do que estiver ao redor.

Sabe, a gente cresce vendo propagandas que nos ensinam que aqueles padrões são os certos. E aí crescemos complexadas, sem aguentar uma semana sem ir até a manicure ou estar com o cabelo da moda. E mesmo assim ficamos com medos, travas, neuroses e passamos a odiar nosso próprio corpo (que é onde realmente moramos) e começamos uma batalha intensa entre quem queremos ser e quem podemos ser.

Primeiro, se ame. Tome uma chuveirada, daquelas de lavar a alma junto, antes de se entregar a alguém, seja lá quem for. Saiba que cada marquinha do seu corpo, por mais pejorativa que possa parecer, é uma parte da sua história contada pelo seu corpo. Cicatrizes, rugas, assimetrias, manchas… todas formam um lindo mosaico de si mesma.

Aprenda a valorizar sua própria companhia. Vá ao cinema, vá a um café, a uma exposição acompanhada de si mesma. Aposto que vai conseguir entender melhor porque as pessoas se aproximam de você. Dê uma chance para o acaso, sente sozinha no banco de uma roda gigante. Se se sentir melhor, vá ao salão, mude o visual de vez em quando. Dê pequenos mimos para si mesma.

Que tal experimentar:

Um café da manhã mais especial
Um escalda pés em dia de semana
Ler um bom livro
Caminhar pela cidade observando a paisagem
Descobrir novos restaurantes, lanchonetes, cafés
Tudo isso sozinha? Nem toda a diversão precisa de mais pessoas, álcool e música alta para ser legal. Vá se acostumando com esse tipo de programa, sua companhia é a única garantida até o fim da linha. E que quando a nossa hora chegar, a gente tenha aproveitado cada segundo e tenha prestado atenção em cada detalhe.

Ame-se, mulher! Você é importante, você é incrível, você tem defeitos e qualidades também – assim como todo mundo.








A Ju escreve desde sempre e resolveu publicar recentemente. Tem a cabeça nas nuvens, um coração enorme, memória de passarinho e uma vontade gigante de ficar de boa.