Não pretendo que este texto seja um conselho, mas ele existe porque muita gente ainda precisa se libertar do vício de viver e agir conforme as expectativas dos outros.

Abrir mão da individualidade ainda é comum e impede muitas pessoas de viverem de forma plena e com a liberdade a que têm direito.

Deveria ser considerado atraso de vida a ideia de sofrer por opiniões desrespeitosas, que impõem seus padrões, sem dó nem piedade, mesmo sabendo que cada pessoa é única e diferente das demais.

Entendo que a sensação de não se encaixar nesses padrões causa dor e muita cobrança. Mas acredite: tentar parecer com o que se considera “maioria” é provocar uma lenta e dolorosa perda de identidade.

O mal vem de gente nociva, que não sabe limitar suas opiniões e conceitos e quer que todos se encaixem neles; que vive para regular a vida das outras pessoas, de acordo com o que acredita ou quer para si.

Para frear esse tipo de comportamento o melhor a fazer é não dar crédito, deixando claro que cada um deve cuidar do “seu quadrado”.

No fundo, essa imposição de padrões não passa de uma tentativa mal elaborada de aceitação de si mesmo. Afinal, não pode existir padrão, se cada pessoa é única, com sua voz, seu jeito de andar, seu tom de pele e um número incontável de outras particularidades.

Não tem essa de querer ser igual à maioria, porque, na essência, ninguém é. Nem deve querer ser.

Preocupemo-nos com a saúde, com bons hábitos, com a ética. Isso sim pode ser preocupação para a maioria. Mas a cor das mechas do cabelo, o número do manequim e como gastamos nosso tempo são informações particulares. E são detalhes como esses que criam nossa identidade.

A graça está em saber que cada voz é diferente, cada risada sai de um jeito e que cada um tem suas manias.

Não haveria graça nos encontros entre amigos ou em nossos locais de trabalho, por exemplo, se todos fossem iguais, com seus gostos e seus assuntos. Como aconteceria interação entre as pessoas? Seria um fiasco.

Para quem está sendo esmagado pelos conceitos (ou preconceitos) dos outros e está travando uma batalha consigo mesmo porque acha que não é igual à maioria, uma afirmação:

Realmente, você não é igual a todo mundo! E isso não é mau, é formidável!

Você nunca será igual às outras pessoas. Por isso economize-se. Não se dê ao trabalho de ir a lugar nenhum, comer algo que não goste, ou se vestir desta ou daquela forma, só porque lhe disseram que é legal, gostoso ou que está na moda. Faça apenas o que realmente desejar fazer.

Guie-se por seus próprios gostos e escolhas e seja feliz com sua autenticidade. Augusto Cury, com toda a propriedade afirma que:

A individualidade deve existir, pois ela é o alicerce da identidade da personalidade.

Em outras palavras eu diria que: Xerox é para papel, não para pessoas.








Administradora por profissão, decidiu administrar a própria casa e o cuidado com suas duas filhas, frutos de um casamento feliz. Observadora do comportamento alheio, usa a escrita como forma de expressar as interpretações que faz do mundo à sua volta. Mantém acessa a esperança nas pessoas e em dias melhores, sempre!