Psicologia

Preocupação excessiva: o mal que me atormenta

Algumas pessoas preocupam-se excessivamente com seu corpo, imagem, saúde, com sua vida financeira e relacional. Pedro Calderon de La Barca, dramaturgo espanhol disse que “não há infortúnio maior do que esperar o infortúnio”. Esse mal-estar psíquico não se encerra nos pensamentos, mas propaga-se pelo corpo, transformando-se em sintomas físicos.

Segundo o psicólogo americano Robert L. Leahy, a preocupação quando crônica pode tornar-se um transtorno. Sabemos também, que ela aparece como sintoma em outros transtornos e doenças: transtorno de ansiedade generalizada (TAG); transtorno obsessivo compulsivo (TOC); transtorno dismórfico corporal; hipocondria, entre outros. Neste artigo não falaremos de cada um deles, nosso objetivo é abordar de modo geral o tema.

Agora, tenho uma pergunta para você:

“E se” é uma condicional constante em seus pensamentos? Se for, saiba que pode estar preocupando-se de maneira improdutiva. A preocupação excessiva resulta da dificuldade de lidar com as incertezas e imperfeições. A pessoa de fato acredita que seus pensamentos pode tornar-se realidade. O sofrimento é imenso, e as consequências também. A busca segue na direção do evitamento, ou seja, rejeita-se experiências desconfortáveis. Com a preocupação exagerada de manter uma imagem, de não perder o controle ou de não vivenciar um fracasso; o indivíduo pode adiar compromissos, evitar lugares, rejeitar convites, ou intensificar uma atividade.

Há um senso de urgência que reverbera na mente de quem se preocupa excessivamente. Outro aspecto relevante observado, é que tudo deve ser repetido, seriamente avaliado e questionado, fracassar é inaceitável. Nesse caso, medo e preocupação excessiva estão associados. Existe medo de ser avaliado, humilhado, de perder, falhar, ser incompetente ou impotente.

Preocupados crônicos, ultrapassam o limite saudável do pensamento sobre algo; mesmo depois do problema resolvido, ou do cuidado tomado, eles ainda temem o pior, ou esperam uma negativa. Quando a pessoa entra nesse ciclo negativo e catastrófico, consequentemente sua autoestima e confiança são afetadas, gerando insegurança e ansiedade.

Não pretendo passar aqui uma receita de como não se preocupar, mesmo porque isso não é possível humanamente falando. Preocupações existem, mas precisamos considerar pelos menos 7 aspectos:

1 – Avaliar se tal preocupação é realmente necessária ou produtiva;

2 – Aceitar conviver também com a incerteza;

3 – Suportar o desconforto;

4 – Desistir da necessidade de controle;

5 – Avaliar o pensamento:
•“Faz sentido pensar assim?”
•“Não estou sendo precipitado na minha conclusão?”
•“Tal pensamento não é produto da minha imaginação?” – Não faça previsões a partir dos seus sentimentos, busque os fatos;

6 – Descobrir o que você acredita em relação ao fracasso;

7 – Observar como você lida com suas emoções.

Resiliência Humana

Bem-estar, Autoconhecimento e Terapia

Recent Posts

Setembro promete vitórias importantes para 4 signos que superaram tempos difíceis

Com a chegada do mês de setembro, chega ao fim um ciclo de provações e…

5 dias ago

Mãe se arrepende do nome da filha recém-nascida e enfrenta impasse em cartório

Escolher o nome de um bebê é um dos momentos mais especiais para os pais,…

5 dias ago

A idade em que você vai conhecer sua alma gêmea, de acordo com o seu signo

A maioria das pessoas buscam encontrar a sua alma gêmea. Esse encontro pode acontecer cedo,…

5 dias ago

Ex-ator da Globo chama atenção após harmonização facial e vira alvo de piadas na web

Recentemente, nas redes sociais, o nome do ex-ator da Globo, Jonatas Faro, voltou aos holofotes…

5 dias ago

Sinais de que você pode estar sendo enganado: Como identificar uma mentira

Ninguém gosta de ser enganado, mas reconhecer quando alguém não está sendo totalmente sincero nem…

5 dias ago

Por que cada vez mais casais estão optando pelo “soft swapping”, segundo especialistas

Nos últimos anos, as relações amorosas vêm passando por transformações profundas. Muitos casais têm buscado…

5 dias ago