Isso acontece muito comigo… quero estar sozinho e, quando saio, logo quero voltar.

O que acontece é que a ansiedade está sempre acionada.

Geralmente, queremos ficar sozinhos após situações estressantes e, nesse estado de estresse, procuramos outro ambiente para “relaxar”. E, muitas vezes, esse ambiente de refúgio é uma busca por uma imagem diferente da que nos faz lembrar do que nos estressou.

Mas o problema nisso é que a ansiedade já está ativada devido às circunstâncias e, quando nos distanciamos do problema, ela nos faz voltar e insistir em resolvê-lo. Isso porque a ansiedade nos abre as janelas das opções de forma mais nítida e, assim, conseguimos agir para resolver nossas pendências.

O que faço é tentar buscar, mesmo que em pouco tempo, um ponto de equilíbrio ou algo com que me distraia.

Gosto de usar a natureza como minha distração.

Gosto tanto da natureza que me distraio na sua beleza e forma de sobrevivência.

Gosto também dos animais e da forma que projetam sua vida e sua sabedoria.

O nosso maior poder está na capacidade de buscar o equilíbrio e, principalmente, encontrar a positividade. Buscar o pensamento positivo é uma tarefa difícil, mas necessária.

Tento me distrair também na chuva. Amo chuva. Gosto das formas das gotas caindo e o que elas fazem depois disso. Quando está sol, tento ver a projeção dos raios solares sobre as coisas. Gosto da maneira que o vento move as coisas.

Gosto de temporais pois eles dão medo e sentir medo nos faz sair do estado natural para outro mais raro. Gosto de ver as reações humanas e gosto do sorriso alheio.

Precisamos, sim, ficar sozinhos, identificar o que carregamos por dentro, nossos conteúdos secretos, nossos mecanismo e gatilhos.

É preciso cuidar do que se pensa nesses momentos de solidão. O pensamento gera sentimentos e o sentimentos moldam o comportamento. Atrair uma ansiedade exacerbada diante de algo que não representa perigo é buscar por adoecimento de forma inconsciente.

A ansiedade é o motor ligado a constatar as faltas. E são as faltas que me movem. Ansiedade em dose equilibrada é o que me coloca em prontidão, desperta para aquilo que eu não tenho, aquilo que preciso ou quero.

A ansiedade está localizada no tronco encefálico, na parte mais primitiva do cérebro. Como um sistema de alarme que aciona diante do perigo, diante da falta, me coloca em “luta ou fuga”. Isso é ancestral, primitivo. É meio difuso o momento em que esse processo se patologizou porque isso sempre existiu desde os pré-humanos.

Mas, diante de um mundo cheio de estímulos, de excessos e faltas, fica difícil identificar o perigo real do medo irracional. A partir daí, passamos a fabricar cortisol, adrenalina e noradrenalina em excesso e começamos a adoecer o corpo.

“A ansiedade tem que ser controlada para que seja utilizada a nosso favor.”

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
E-mail: [email protected]

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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.