Eu sei que algumas pessoas já têm uma resposta certa à pergunta deste post: “Posso curar a dor de um amor com outro amor?”.

Umas dirão que não, que é impossível superar um outro amor ou tapar um buraco, e outras dirão que é possível, sim! E olhe que mesmo sabendo que você já tem a sua resposta, eu quis falar um pouco sobre esse tema, já que hoje eu fiz esta mesma pergunta a alguém.

Quem nunca se sentiu estraçalhado pelo amor, em frangalhos, deprimido, desiludido e com uma imensa vontade de desaparecer porque não consegue esquecer aquele amor que mudou sua vida?

Eu já me senti assim e digo que o tempo é sempre um ótimo remédio para amenizar a dor de se perder um amor.

Porém, no percurso do tempo, uma outra pessoa que se aproxima, pode sim nos fazer bem ao ponto de “superarmos” aquele amor que se foi. Eu disse “superar”, não esquecer.

A gente não esquece grandes amores. Não esquecemos nadinha, nem cada momento que passamos com a pessoa e muito menos a dor que ela nos causou. Só que nos vemos obrigados a continuar nossa vida quando nos damos conta que viver estacionado, sofrendo aquela perda, não nos leva a lugar nenhum! Podemos até nos fechar feito conchas, com medo de que outro alguém venha e volte a me fazer sofrer. Como posso saber?

Outro dia eu conheci um rapaz que se mostrou extremamente interessado em mim. Conversa vai, conversa vem e descobrimos que ambos tínhamos o coração preenchido por um amor mal vivido, mas, com a esperança de viver algo novo.

Por que queríamos isso? Porque resolvemos que, tocar a nossa vida para frente, era a melhor solução para acalmar nossa dor. Eu me conheço o suficiente para saber que, de repente, esse outro alguém que chegou agora, todo cheio de inspiração e alegria, pode, sim, me fazer esquecer aquele que ontem não me quis! Mas e ele? Cheguei a pensar que, se um dia o antigo amor dele voltasse e pedisse para ficar, como eu ficaria? Como seria se eu fosse apenas aquele amor que tapou um buraco vazio deixado nele?

Ele foi enfático ao me responder que jamais se esquece um grande amor, porém, se o sentimento que havia não pode mais ser vivido, o melhor que se tem a fazer é seguir sua vida e encontrar alguém ainda mais incrível, que nos faça sorrir da forma como a outra pessoa não fez.

E que a resposta para esse artigo, só o tempo dirá…

Ambos arriscando. Ele e eu. Acreditando que, talvez, uma nova história cubra de terra aquela outra que não vingou.

O que posso dizer agora é que eu, realmente acredito que jamais esquecerei a pessoa que mexeu com meu coração e o picou em pedaços bem pequenininhos, mas, eu acredito que se eu abrir meu coração para alguém que queira me dar exatamente tudo que o outro não quis, eu posso, sim, ser feliz e curar a minha dor.

Por que você não tenta também? Vai que dá certo!

A gente só precisa dançar a música da vida quando ela diz que é hora de voltar a amar. A gente só precisa acreditar que é possível haver cura para nossa dor. A gente só precisa dizer “SIM” e querer não sofrer e o universo nos trará exatamente o que sempre quisemos.

Quem pode garantir que aquele amor que você pediu aos céus e que achou durante tempos que era o primeiro, na verdade não é o segundo?








Escritora, blogueira, amante da natureza, animais, boa música, pessoas e boas conversas. Foi morar no interior para vasculhar o seu próprio interior. Gosta de artes, da beleza que há em tudo e de palavras, assim como da forma que são usadas. Escreve por vocação, por amor e por prazer. Publicou de forma independente dois livros: “Do quê é feito o amor?” contos e crônicas e o mais espiritualizado “O Eterno que Há” descrevendo o quão próximos estão a dor e o amor. Atualmente possui um sebo e livraria na cidade onde escolheu viver por não aguentar ficar longe dos livros, assim como é colunista de assuntos comportamentais em prestigiados sites por não controlar sua paixão por escrever e por querer, de alguma forma, estar mais perto das pessoas e de seus dilemas pessoais. Em 2017 lançará seu terceiro livro “Apaixonada aos 40” que promete sacudir a vida das mulheres.