Algumas vezes, eu paro pra pensar em como sou, no que quero e em como percebo e vejo o mundo à minha volta. Como eu me relaciono com o amor e o que desejo pra minha vida. Então, chego sempre à conclusão que romantizo demais os acontecimentos, romantizo demais as pessoas e o que espero que seja amor. Já me falaram isso, acredita? Amigas já me disseram: “Ah, amiga! Você deveria ter ido com o cara! Que mania essa sua de romantizar tudo! Cê num tem idade pra isso mais, não!” E eu romantizo, sim. É um fato. Mas não acho errado, não! É apenas uma forma minha de ser. A sua pode ser outra, a do colega ali, outra, e por aí vai. Pessoas diferentes com pensamentos diferentes sobre as mesmas coisas.

Se você é daqueles que procura o amor em cada esquina ou em cada mesa de bar, saiba que não está errado por querer ser amado! Pessoas te perguntarão por que ainda insiste em procurar e, muitas vezes, tímido e desanimado, você pensará que precisa mudar de ideia pra ser feliz. Pensará que fracassou e que essas coisas de amor não são pra tipos como você. E desistirá. Anos depois, será aquele rabugento ou rabugenta que vive no sofá reclamando da vida, de tudo e do tempo. Será infeliz porque terá se permitido fracassar no momento em que desistiu.

Já sofreu? E quem nunca?
Já foi rejeitado, traído, descartado feito papel e maltratado? E quem nunca foi? Todos fomos maltratados, não pelo amor, pelas pessoas! Porque, saibam meus amigos, o amor não maltrata, não machuca, não fere… Ele é a coisa mais sublime e maravilhosa que existe neste mundo e, se até o momento você teve só experiências ruins, é porque não encontrou o verdadeiro amor.

As pessoas que me leem dizem que estou apaixonada por falar do amor da forma que falo. Mal sabem elas que eu não estou e sim, SOU uma apaixonada que espera o amor da mesma forma como você espera encontrá-lo e, se me perguntarem por que eu ainda o procuro, responderei que é porque eu acredito nele. Acredito que ele exista em algum lugar, alguma parte, em alguém.

Bom, amados, este post é pra que você não desista de procurar pelo amor mesmo que tenha se machucado tanto com relações vazias. Pra que possamos encontrá-lo, precisaremos COMPREENDER o amor e sua grandeza. O amor não está nas baladas de todo final de semana, nos carnavais e nem no balcão daquele boteco. Essa procura é vazia e sem sentido! É como entrar em um labirinto sem o mapa! Não é difícil?

Procure o amor, não emoções rasas que te deixarão sozinhos na cama no dia seguinte. Procure conexão emocional, afinidade, cumplicidade e admiração no olhar. Esta é a verdadeira procura, quando você sabe o que procura e simplesmente se abre pra essa possibilidade sem ter de sair todas as noites, a semana inteira voltando pra casa sempre sozinho e frustrado.

Tenho um amigo muito querido, que sempre conversamos muito sobre esses assuntos, que me diz não se importar se, por ele ser homem, ter de não aceitar toda mulher que lhe vem por apenas desejo. Ele diz procurar mais que isso e, enquanto não encontrar, não beijará uma mulher sem sentir algo bom por ela…

Alguns dirão que ele é maluco e que vai acabar sozinho assim. Eu já digo que não. Digo que ele é um homem que já viveu diversas experiências, já foi casado, amadureceu e que agora, mais do que antes, sabe o que quer pra vida dele. Ele quer simplesmente, unicamente, o amor. E que mal há nisso? Que mal há em ainda esperar por ele seja quanto tempo for? Ele está em alguma parte? Mas é claro que está! Deus não criou um ser humano sequer pra ser sozinho, todos temos de trilhar nosso caminho ao lado de alguém, todos temos uma metade perdida por aí, mesmo que leve algumas vidas para encontrá-la, a pessoa perfeita pra você existe e, uma hora, ela vai te encontrar.








Escritora, blogueira, amante da natureza, animais, boa música, pessoas e boas conversas. Foi morar no interior para vasculhar o seu próprio interior. Gosta de artes, da beleza que há em tudo e de palavras, assim como da forma que são usadas. Escreve por vocação, por amor e por prazer. Publicou de forma independente dois livros: “Do quê é feito o amor?” contos e crônicas e o mais espiritualizado “O Eterno que Há” descrevendo o quão próximos estão a dor e o amor. Atualmente possui um sebo e livraria na cidade onde escolheu viver por não aguentar ficar longe dos livros, assim como é colunista de assuntos comportamentais em prestigiados sites por não controlar sua paixão por escrever e por querer, de alguma forma, estar mais perto das pessoas e de seus dilemas pessoais. Em 2017 lançará seu terceiro livro “Apaixonada aos 40” que promete sacudir a vida das mulheres.