Por que o passado se torna mais presente à medida que envelhecemos?

Vamos compreender a emergência de memórias passadas na velhice com a ajuda do neurociêntista Dr Fabiano de Abreu. Quando o passado começa a fazer parte integrante do presente.

Em uma publicação recente, o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós PhD em Neurociências e membro da Royal Society of Biology no Reino Unido, explorou um dos aspectos mais intrigantes do processo de envelhecimento humano: o ressurgimento de memórias antigas.

Este fenômeno, comum em idades mais avançadas, pode começar a partir dos 40-50 anos de idade, com maior efetividade a partir dos 60 anos. “É comum observar um aumento na rememoração do passado’, segundo o neurocientista.

De acordo com o Dr. Agrela, vários fatores contribuem para este fenômeno:

1. Sistema neuroprotetivo:

– Redução da Inibição Neural: A diminuição da inibição neural com o envelhecimento permite que memórias anteriormente suprimidas ressurjam.

– Plasticidade Neural: O cérebro retém a capacidade de se adaptar e fortalecer conexões neurais, o que auxilia na recuperação de memórias antigas.

– Consolidação de Memórias: Memórias significativas podem ser continuamente reforçadas ao longo da vida, tornando-as mais acessíveis na velhice.

2. Morte Neuronal:

– Podas Neurais: O processo de eliminação de conexões neurais menos utilizadas pode levar à perda de algumas memórias.

– Neurônios Sobreviventes: Neurônios que retêm memórias importantes tendem a se fortalecer e resistir à morte neuronal.

3. Exploração de Neurônios Vivos:

– Redes Neurais Distribuídas: Memórias estão distribuídas em redes neurais. A morte de alguns neurônios pode causar a reorganização dessas redes, permitindo que memórias antigas venham à tona.

– Reativação de Padrões de Memória: A ativação de um neurônio pode desencadear a reativação de uma rede inteira associada a uma memória específica.

Fatores adicionais incluem o papel das emoções na fortificação de memórias, o contexto em que as memórias são formadas e a repetição, que pode reforçar conexões neurais.

Para mais informações e uma compreensão mais profunda do tema, o Dr. Agrela recomenda recursos como a sua pesquisa sobre a neurociência das memórias disponível no PubMed e ou passar por um atendimento individual. Para isso, basta enviar um direct para @fabianodeabreuoficial

*DA REDAÇÃO RH. Foto de Georg Arthur Pflueger na Unsplash

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