O poder transformador do amor.

É impressionante como o amor é forte. Poder senti-lo pulsar dentro do peito é uma dádiva de Deus, o verdadeiro milagre da vida.

Enquanto ele bater, estaremos vivos. Porém, como seres humanos somos imperfeitos e o nosso coração pode nos enganar com facilidade, por isso devemos guarda-lo a sete chaves.

Todo cuidado é pouco quando nasce algum sentimento ou desejo e a primeira pergunta que devemos fazer é: para que serve ou servirá?

Será bom para mim e para todos os envolvidos?

Uma pausa para refletir em busca de uma resposta sensata e coerente é essencial.

Temos o mal hábito de ficarmos cegos diante de quaisquer sentimentos ou desejos que brotam no coração e alguns deles nos fazem tropeçar, cair e quebrar a cara.

Não queremos nem saber se o sentimento de bem querer aflorado será bom ou ruim para nossa vida, nos iludimos achando que tudo é o destino que nos reservou.

Só que não!

Nem sempre o sentimento de bem-querer é para o nosso bem, ao contrário do amor.

E como discernir o bem-querer do amor na prática, sendo que ambos tem a mesma intensidade?

A razão? Sim.

Temos que colocar a cabeça para funcionar.

Somos mestres em arrumar desculpas, para aliviar a culpa da consciência pesada e por incrível que pareça, quando algo dá errado, o responsável é sempre o outro, os outros e as coisas. Nunca é nossa.

Não queremos dar o braço a torcer, mas sabemos muito bem de quem foi toda a culpa. Pode ter certeza de que a razão deu um jeitinho de avisar através da intuição que seria fria seguir o coração.

Não damos atenção a ela e nem importamos com o risco e preferimos nos arriscar.

Damos corda para nós mesmos nos enforcar. No decorrer da vida quantas vezes teimamos com nossa intuição e ao final, arrependemos amargamente de não ter dado a mínima importância à mesma.

Preferimos deixá-la passar desapercebida e despercebida.

A ignoramos, literalmente, e o maior prejudicado nessa história toda somos nós mesmos.

São tantos histórias que vemos de falta de amor-próprio que sabemos muito bem qual será o desfecho e o pior de tudo é que o pior cego é aquele que não quer enxergar.

O ser humano é especialista em usar sua imaginação fértil para se poupar ao dar uma falsa conotação de amor à tudo, esquecendo do principal: o amor é incondicional.

Podemos até pensar que amamos as coisas que conseguimos adquirir com muito esforço e sacrifício, nossa família, nossos filhos, nossos amigos, as pessoas que convivemos, nosso ambiente de trabalho e nossa profissão.

Mas, será que é amor mesmo ou estamos tentando nos enganar como forma de compensação para tampar um buraco pré existente, como a carência, por exemplo. E se perdemos aquilo que um dia “mais amamos”, como ficaremos?

A vida não para e será que conseguiremos seguir em frente?

Temos mania de achar que “amamos” tudo: coisas e pessoas e quando perdermos essas coisas que um dia foram tão importantes?

Ficaremos sem chão? E onde ficará o amor-próprio, irá junto com o resto ou será que nos esquecemos dele ao depositar todas as fichas nestas coisas ou pessoas, que a nosso ver eram insubstituíveis?

Acho, que às vezes damos mais poder as coisas ou as pessoas do que realmente têm e é por isso que caímos ao decepcionar quando perdemos nossos amuletos de estimação.

Não se decepciona com as perdas e sim consigo mesmo de não ter confiado na intuição que nunca falha.

Não devemos depositar o poder maior, que é o amor, nas coisas ou nas pessoas.

Coisas ficam velhas, obsoletas e sem utilidade.

Pessoas podem morrer, nos trair, mudar, ir embora, se afastar ou simplesmente seguir o caminho delas.

O que devemos fazer é simplesmente amar, no seu sentido mais puro e profundo, sem nada querer em troca e sem depender disso ou daquilo.

Dessa forma nos sentiremos plenos de dar o nosso melhor e assim estaremos prontos para amar sempre mais e mais, independentemente de perdas, ganhos, sucessos, fracassos.

Esse amor maior é o que nos sustenta e o responsável em fazer a diferença, por ser capaz de nos fazer bem por si só, pois o marido/esposa pode ir embora, os filhos seguirão o caminho deles, o ente querido pode morrer, a casa pode virá ruína, o carro pode ficar velho e perder sua utilidade…

Esse sim é o poder maior, capaz de transformar perdas em ganhos, lágrimas em sorrisos, tristezas em alegrias.

Então, não perca o foco e nem se engane.

Viva o amor, respire o amor e sinta-o, pois o amor maior é o segredo.

*Foto de Marc-Olivier Jodoin no Unsplash

VOCÊ JÁ VISITOU O INSTAGRAM E O FACEBOOK DO RESILIÊNCIA HUMANA?

SE TORNE CADA DIA MAIS RESILIENTE E DESENVOLVA A CAPACIDADE DE SOBREPOR-SE POSITIVAMENTE FRENTE AS ADVERSIDADES DA VIDA.








Idelma da Costa, Bacharel em Direito, Pós Graduada em Direito Processual, Gerente Judicial (TJMG), escritora dos livros Apagão, o passo para a superação e O mundo não gira, capota. Tem sido classificada em concursos literários a nível nacional e internacional com suas poesias e contos. Participou como autora convidada do FliAraxá 2018 e 2019 e da Flid 2018.