Pessoas que falam pouco são as que mais nos surpreendem! Entenda por quê:

Uma pessoa não deixa de ser interessante permanecendo em silêncio. Em média, as pessoas que falam pouco tendem a ser as que mais nos surpreendem. Agora, como tudo na vida, também há exceções: abordamos eos motivos a seguir.

Pessoas que falam pouco, como são?

Pessoas que falam pouco, geralmente, são pessoas que sabem ouvir e oferecer cumplicidade através do olhar.

Alguns dirão que são chatos, que o problema deles é a timidez e que passar tempo com eles é perda de tempo. No entanto, pessoas de poucas palavras podem ter mundos incríveis por trás delas e também ser aqueles perfis em que se pode confiar.

Como uma anedota curiosa, costuma-se dizer que um dos melhores atores britânicos de toda a história foi Sir Alec Guinness. Se ele era conhecido por alguma coisa, além da maestria na atuação, era por variar o timbre e o tom de voz em cada papel. Ele era tão camaleônico que toda vez que ia receber um prêmio, como o Oscar por seu papel em A Ponte do Rio Kwai, todos esperavam ansiosamente para saber mais sobre ele.

Muitos esperavam por um discurso, para ouvir sua voz autêntica e, em última análise, para se aproximar da pessoa real por trás de cada personagem interpretado. No entanto, Guinness sempre foi um homem de poucas palavras. Ele recolheu seus prêmios após um breve e tímido “obrigado” para desaparecer instantaneamente, alimentando ainda mais o mistério e o fascínio.

Em essência, quem é conhecido por seu caráter reservado, por falar o que é justo e necessário, não esconde necessariamente um distúrbio psicológico ou um comportamento anti-social. É outro traço da personalidade humana. Além do mais, em média, eles tendem a gostar muito mais uns dos outros e a construir laços sociais mais fortes e saudáveis.

Pessoas que falam pouco: características e origens

Nós os chamamos de “quietos”, “reservados”, “silenciosos”… Quem fala pouco é uma ave rara num mundo em que, em geral, quem fala muito é bem-sucedido, carismático e chama mais atenção.

Poderíamos dizer que, em média, gostamos de pessoas falantes, que falam descontroladamente e que em pouco tempo conseguem nos contar toda a sua vida e mil anedotas incríveis.

O falante às vezes é cansativo, enquanto as pessoas caladas nos intrigam pelo seu silêncio, pela sua sutileza comunicativa.

De alguma forma, estamos acostumados a acreditar que extroversão e verbosidade são sinônimos de sucesso , que quem domina essa competência possui capacidade de liderança e até segurança pessoal.

Agora, isso é verdade?

A verdade é que este tema é tão interessante quanto atual. A Universidade da Geórgia, por exemplo, realizou um estudo em 2017 com o objetivo de compreender o estilo de liderança de extrovertidos e introvertidos.

Algo que pode ser descoberto é que as pessoas mais reservadas possuem outras ferramentas, habilidades e estilos de comunicação que são muito úteis em qualquer organização. É um estilo de liderança diferente que vale a pena aprofundar.

Vamos descobrir o que pode estar por trás daqueles que falam pouco, daqueles que muitas vezes navegam entre os silêncios.

Introversão e natureza reservada

A grande maioria das pessoas que falam pouco são introvertidas. Livros como The Introverted Leader: Harness Your Quiet Talent”, de Jennifer B. Kahnweiler, nos dão um exemplo de como esse estilo de personalidade está cada vez mais na vanguarda. As características que os definem são as seguintes:

– Eles pensam antes de falar.

– Eles sabem ouvir, refletir sobre o que lhes é dito e demoram mais para responder.

– São observadores, imaginativos e grandes analistas da realidade.

– Não fogem do contato social, não são tímidos, mas são seletivos na hora de construir amizades.

– Eles gostam de solidão.

– São meticulosos, gostam de cuidar ao máximo de seus relacionamentos. São pessoas em quem confiar e que valorizam, por sua vez, ter figuras firmes com quem partilhar confidências.

Timidez e pessoas que falam pouco

Tem gente que fala pouco por problemas de insegurança . Nesse caso, estaríamos diante de um tipo de personalidade marcada pela timidez. Porém, o fato de não funcionarem facilmente em diferentes ambientes sociais não significa que acabem fracassando na esfera emocional ou no trabalho.

Sabemos que figuras como Jorge Luis Borges ou Agatha Christie eram incrivelmente tímidas. Alec Guinness e seu colega ator Dick Bogarde costumavam vomitar antes de subir ao palco. No entanto, uma vez que chegaram lá e assumiram seu papel, eles atuaram com maestria. A timidez pessoal limita e machuca, é verdade, mas muitas vezes é contrabalançada por grandes virtudes.

A personalidade reflexiva: calma interior num mundo apressado

Num mundo onde as pessoas trocam ideias, opiniões e pensamentos quase sem filtro , quem fala pouco segue um ritmo diferente. Há, portanto, outro fator que deve ser levado em conta e que está relacionado nem mais nem menos do que a abordagem reflexiva.

Pessoas que falam pouco costuma amadurecer muito o que vão dizer a cada momento. Ouvem com todos os sentidos antes de responder, não têm pressa porque se comunica com autenticidade, com crenças e valores nas mãos e a verdade no coração. Observam o que os rodeia, são empáticos, intuitivos e hábeis em perceber como são os outros e do que necessitam.

Tudo precisa ser mais lento, deixar que os outros falem, prestar atenção, olhar, estudar… Só assim ousam falar em voz alta, esperando ser sempre úteis no que se diz, respeitando o que se expressa. Sua forma de agir, processar e desenvolver exige mais tempo e isso faz com que restrinjam um pouco mais a fluidez comunicativa.

Para muitos, esse traço pode parecer incomum, mas, em última análise, é apenas mais uma nuance de personalidade.

Assumir que cada pessoa é única e que nem todos têm a capacidade de falar com agilidade ou, como dizem, “aliás” nos permitirá compreender melhor o comportamento das outras pessoas.

Você é uma pessoa que fala muito ou pouco? COnta pra gente!

*DA REDAÇÃO RH. Com informações LMM. Foto de Griffin Wooldridge na Unsplash.

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